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Resumen de Uma mercadoria indígena e seus paradoxos.: A folha de coca em tempos de globalização.

Silvia Rivera Cusicanqui

  • English

    The social mobilization process that started in the 2000s had several sectors of the Bolivian indigenous peasantry as leading actors. This process culminated in the election of coca grower Evo Morales, an Aymara native, as the first indigenous president in the Americas. This marked an end to over 20 years of non-transparent parliamentary agreements and splitting of the state apparatus among the neoliberal and populist native political parties. However, imperialist interests involving pharmaceutical and multinational corporations, among others, have succeeded in creating a repressive apparatus against the coca leaf based on the abstract and hypocritical argument that they are acting in defense of public health in the consumer countries. On the other end, however, coca growers resist such an unequal war. Coca growers, distributers, and consumers have been leading actors in the Bolivian indigenous modernity, particularly focused on the long-lasting domestic market as a scenario of empowering processes, historical-cultural initiative, and decolonization. As most Bolivian people are part of this market, their resistance is not limited to struggling against the eradication of coca growing areas, but most importantly against market controls and prohibitions and the stigma associated with coca leaf consumption. Such disputes set the conflicting scenario for the current government, and this study aims to provide an in-depth historical understanding of it.

  • português

    O processo de mobilização social iniciado na década de 2000 teve como protagonistas diversos setores do campesinato indígena. Esse processo culminou na eleição do cocaleiro aimará Evo Morales, que se tornou o primeiro presidente indígena da América. Findou-se, assim, um ciclo de mais de vinte anos de pactos parlamentares não transparentes e partilhas do aparelho estatal entre os partidos crioulos da vertente neoliberal e populista. Contudo, os interesses imperialistas, que envolvem corporações farmacêuticas e de multinacionais, conseguiram montar aparato de repressão contra a folha de coca, sob o argumento abstrato e hipócrita de defesa da saúde pública dos países consumidores. No outro extremo, os produtores de coca resistem a essa guerra desigual. Os cocaleiros e os distribuidores e consumidores são atores e protagonistas da modernidade indígena boliviana, assentada em mercado interno de longa data como cenário de processos de empoderamento, iniciativa histórico-cultural e descolonização. Como a maioria da população faz parte desse mercado, a resistência não se limita à luta contra a erradicação das zonas produtoras; também é preciso enfrentar os controles e proibições que pesam sobre o mercado e o estigma que se associa ao consumo da folha. O peso dessas disputas delimita cenário de conflito para o atual governo, e é necessário compreendê-las em toda a sua profundidade histórica, o que é o objetivo com este estudo.


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