Este ensaio tem por objetivo discutir o ponto de partida da crítica hegeliana de Spinoza.
Para Hegel, o pensamento spinozano não consegue, embora o queira, dar um fundamento absoluto à diferença e à singularidade autoconsciente; daí por que o pensador holandês não teria alcançado a especificidade da concepção moderna da liberdade, tal como ela se encontra representada pelo cristianismo e efetivamente desenvolvida na modernidade pela mediação da particularidade na sociedade civil-burguesa. Hegel busca demonstrar sua tese na análise dos conceitos spinozanos de substância, atributos e modos: não haveria entre eles, segundo a crítica hegeliana, um desenvolvimento negativo imanente. Por conseqüência, o pensamento spinozano cairia num impasse: ou bem os modos finitos mantêm uma existência justaposta à substância ou bem se aniquilam em face dela. Para Hegel, é a segunda alternativa que caracteriza o pensamento de Spinoza.
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