Eu uso dados longitudinais e de período da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) para investigar os determinantes da aposentadoria masculina nas duas últimas décadas. A PME é uma fonte de dados muito rica, porém pouco utilizada. Os dados longitudinais foram construídos pareando informações individuais de anos adjacentes da PME.Eu encontrei alguns padrões de aposentadoria pouco surpreendentes. Por exemplo, a probabilidade de a pessoa ser aposentada aumenta com a idade e háuma grande dependência da transição dos indivíduos para a aposentadoria em características pessoais como a educação. Por outro lado, alguns padrões de aposentadoria são interessantes e surpreendentes. A taxa de participação dos trabalhadores idosos nas áreas metropolitanas é mais baixa do que o observado nas demais regiões do país. A principal explicação é que esses trabalhadores contribuem para o sistema previdenciário há mais tempo e tem fácil acesso aos benefícios por tempo de serviço. Eu também observo uma relação de U invertido entre educação e probabilidade de aposentadoria. Os trabalhadores com mais e menos anos de educação formal têm padrões bastante similares de aposentadoria. Por último, eu mostro que os trabalhadores mais educados e aqueles no setor formal têm maior probabilidade de aposentadoria do que os trabalhadores do setor informal e com menos anos de estudo.
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