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Imagens das migrações. Chineses na área metropolitana do Porto. Do ciclo da seda à era digital.

  • Autores: María Fátima Ferreira Nunes, José da Silva Ribeiro (dir.)
  • Localización: DOC On-line: Revista Digital de Cinema Documentário, ISSN-e 1646-477X, Nº. 7, 2009, págs. 124-129
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • "Imagens das migrações. Chineses na área metropolitana do Porto. Do ciclo da seda à era digital"é o título da tese de doutoramento em Antropologia, especialidade de Antropologia Visual inserida numa das linhas de pesquisa do Laboratório de Antropologia Visual. Esta tese incidiu sobre uma tripla problemática: a Antropologia Visual visando uma metodologia específica de inquérito (visual e sonoro) e a apresentação dos resultados sob forma de discurso visual e/ou audiovisual, as representações mentais, visuais e audiovisuais (filmes, media) das migrações e da escola no cinema, e a imigração chinesa em Portugal, em duas temporalidades e contextos sociais, políticos, económicos muito distintos. A tese aborda os pioneiros da imigração chinesa que no final dos anos vinte, do século passado, se instalaram no Porto inicialmente como vendedores ambulantes de gravatas de seda, e algum tempo mais tarde um deles abriu o primeiro armazém chinês de confecções em Portugal, na cidade do Porto. Aborda também os imigrantes chineses que chegaram ao nosso país a partir da década de oitenta do século XX, período que marca o início da nova imigração chinesa após a adesão de Portugal à União Europeia e o início da política de abertura da China ao comércio mundial com as reformas de Deng Xiao Ping. Estes novos imigrantes dedicam-se à restauração, à venda ambulante, ao comércio e mais recentemente, alguns deles à importação. Situo estes novos imigrantes na era do digital.

      Porque se apropriaram das novas tecnologias da comunicação, a Internet, não só para comunicarem com os familiares na China ou espalhados pelo mundo, mantendo assim os laços sociais, mas também como instrumento de trabalho, sobretudo da parte dos imigrantes que são importadores directos de produtos da China, estabelecendo deste modo laços económicos com o país de origem. Porque integraram os vídeos e os canais de televisão chineses quer nas suas casas, quer nos restaurantes, vivendo assim num espaço de liminaridade entre a sua cultura, a sua língua e o país de acolhimento.

      A nível da imigração chinesa, os objectivos da tese foram os de compreender o modo como os descendentes representam a história da migração dos pioneiros, a sua própria história, a inserção na sociedade de acolhimento, a mobilidade social, a relação com o país de origem e de acolhimento; observar a nova imigração chinesa a partir de um triplo ponto de vista: o dos novos imigrantes [processo migratório, estratégias de inserção económica na sociedade de acolhimento, relações que mantêm com o pais de origem]; o dos jovens na escola [modo de representacao da escola chinesa e portuguesa, modo de representacao da sociedade de acolhimento e de origem a partir da comparacao baseada na experiencia vivida em duas realidades escolares distintas, modo como se situam na sociedade de acolhimento]; o dos descendentes [relacao que estabelecem com os novos imigrantes, papel que desempenham junto da comunidade chinesa e na sociedade de acolhimento] e observar os processos sociais de continuidade e de mudanca na imigracao chinesa na Area Metropolitana do Porto, tendo em conta as duas temporalidades, os dois contextos sociais, economicos e politicos distintos: actividades economicas, redes de entreajuda, mobilidade social, relacao com o pais de origem. A nivel da antropologia visual, os objectivos foram os de desenvolver estrategias de pesquisa baseadas na utilizacao da imagem e do som, processos de elaboracao do discurso audiovisual e de escrita a partir das imagens.

      A nivel do cinema, os objectivos foram os de explorar e analisar as representacoes das migracoes e da escola no cinema (tematica, modo de problematizar a imigracao e a escola, tempo, espaco e linguagem cinematografica, montagem). Desta longa �L nviagem .z teorica, mental e do trabalho de campo na China, em Qingtian e em Portugal, na Area Metropolitana do Porto resultaram a tese escrita e dois documentarios. Pioneiros, palavras e imagens da memoria (2007), cujo objectivo foi o de contar a historia de imigracao e, consequentemente, de vida de Tsou Poe Tsing, um dos imigrantes chineses pioneiros no nosso pais. A voz que se ouve ao longo do filme e a de Fernando Tsou, que conta a historia de um dos pioneiros da imigracao chinesa em Portugal, no Porto, Tsou Poe Tsing (seu pai), a partir da memoria das palavras e historias que o seu pai lhe narrava, a partir de documentos (passaportes), de fotografias, artigos de jornal e a partir da sua experiencia vivida junto do pai. A historia de Tsou Poe Tsing abrange o periodo que se situa entre a viagem (anos 1920), a instalacao no Porto, a venda ambulante das gravatas de seda e posteriormente o seu fabrico num armazem de confeccoes, o casamento com uma mulher portuguesa, a sua insercao na sociedade portuguesa e a sua mobilidade social assim como a dos filhos. So Quer Sair, So Quer Sair... Uma historia da imigracao chinesa (2007), um documentario que visou representar a historia da imigracao de Xu, a sua vida quotidiana na sociedade de acolhimento, a relacao dos filhos com a escola.E Historia narrada a duas vozes:

      a de Xu e a de Liufang, sua filha. Situada em tempos e espacos diferentes. 2001, ano em que fez uma viagem a Qingtian, China, para ir buscar os filhos ao abrigo do reagrupamento familiar. Ano lectivo de 2001-2002, ano em que os filhos ingressaram na Escola portuguesa, no Porto. Tempo de descoberta da alteridade, de confronto e comparacao com outra cultura e com a instituicao Escola no pais receptor. Ano lectivo de 2004-2005, tempo em que Liufang contou uma parte da historia da imigracao de sua mae, no ambito da sua participacao, na escola, no Projecto Comenius sobre a tematica �LnIntegrar e Partilhar Patrimonios.z, que envolveu varios paises: China, Bolivia, Filipinas, Russia, Peru. Ano 2006, tempo em que Xu abriu a sua terceira loja, numarua comercial do Porto


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