Esta dissertação apresenta uma pesquisa sobre a prática do vídeo comunitário contemporâneo no Brasil, realizada nos anos de 2003 e 2004. Investigamos a metodologia de uso do vídeo e a trajetória de dez grupos - três localizados em São Paulo, três no Rio de Janeiro, três em Belo Horizonte e um em Olinda. Paralelamente à pesquisa de campo, efetuamos uma revisão bibliográfica, tomando como parâmetros: a experiência autoral do cineasta Andrea Tonacci, ainda na década de 1970, e a experiência institucional da Associação Brasileira de Vídeo Popular (ABVP), entidade que agrupou as manifestações do movimento do vídeo popular, entre 1984 a 1995. Do ponto de vista teórico, associamos o estudo de Jean-Claude Bernardet sobre o documentário brasileiro das décadas de 1960 e 1970 com o estudo sobre cinema e antropologia, de Claudine de France. A aproximação entre os elementos citados nos sugeriu a necessidade de problematizar o conceito de vídeo comunitário e propor uma leitura para alguns daqueles vídeos que envolvem comunidades em seu processo de realização.
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