Este artigo busca analisar, em primeiro lugar, o modo como a esquerda portuguesa de matriz maoísta lidou, entre 1964 e 1974, com a chamada �questão do porte�, ou seja, do �falar� ou �não falar� em contexto de prisão e tortura. Por outro lado, pretende-se demonstrar como este tema permaneceu no tempo e quais as relações que, através dele, se podem estabelecer entre tortura, silêncio e memória.
Por fim, procura-se evidenciar como os conflitos entre maoístas e comunistas no interior da cadeia se enquadravam na dinâmica de dissídio ideológico que opôs ambas as correntes durante aqueles anos.
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