O presente artigo analisa diferentes interpretações da Comuna de Paris, determinadas pelo enfoque da perspectiva de classe. Esta, após uma discussão teórica introdutória na abordagem materialista histórica, é seguida por breve explanação das perspectivas burguesa e proletária da Comuna de Paris; depois, focaliza-se a perspectiva burocrática, extraída da obra de Lênin. A conclusão geral é que as interpretações são perpassadas por perspectivas de classe e, por isso, não são neutras; é o caso de Lênin cuja visão, tanto da Comuna quanto do texto de Marx, é burocrática e, por isso, deforma a ambos.
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