O artigo avalia a percepção dos riscos em Portugal continental e o grau de confiança institucional, utilizando como recurso metodológico um inquérito nacional a uma amostra representativa dos cidadãos portugueses maiores de idade. A análise tem por base duas escalas: uma mais proximal dos inquiridos, caracterizando o concelho de residência, e outra mais distal caracterizando o espaço nacional. Os dados apresentam valores de percepção dos riscos genericamente baixos, sendo que esta tendência é mais clara ao nível das percepções proximais, existindo contrastes regionais. Contrariamente à tese da familiaridade, os resultados mostram o papel crucial da diferenciação territorial e da escala nos riscos percepcionados. A avaliação do grau de confiança institucional em caso de desastre mostrou um elevado nível de confiança nas instituições e organismos relacionados com a emergência e socorro, assim como uma apreciação geral positiva sobre as fontes de comunicação de risco. Ressalta a capacidade adaptativa dos cidadãos para práticas mais resilientes e a referenciais superiores de segurança.
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