Este artigo, em forma de ensaio, discute as potencialidades e limites do conceito de vulnerabilidade voltado à análise integrada de problemas socioambientais. O artigo se concentra em duas perspectivas. A primeira tem origem na proposta da ciência pós-normal, entendida como uma nova base epistemológica e metodológica para a análise e enfrentamento de problemas ambientais complexos. Para isso, analisamos o conceito de vulnerabilidade no contexto de quatro mundos fenomênicos com níveis crescentes de complexidade: o das ciências fisicalistas, o da vida biológica, o da vida na lógica biomédica e da saúde pública, e, por fim, o mundo emergente e reflexivo dos humanos. A segunda perspectiva incorpora os contributos de autores que têm atuado na discussão teórica e prática militante em torno dos conflitos ambientais e os movimentos por justiça ambiental, em especial junto à Rede Brasileira de Justiça Ambiental.
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