Este artigo tem como objetivo levantar algumas hipóteses sobre um possível diálogo entre as concepções de escrita ensaística do modernista brasileiro, Mário de Andrade, e os comentários concernentes à forma do iniciador do gênero ensaístico, Montaigne. Apesar da distância entre o universo dos dois escritores, há semelhanças na concepção do gênero ensaio, que se relacionam à ideia de que a escrita ensaística partiria da intuição e, por isso, incluiria, além de especulações críticas, um desdobramento do eu. Assim, tanto no autor de Ensaios, como no de Macunaíma, a escrita ensaística, além das múltiplas hipóteses levantadas no interior de cada texto, reflete as concepções morais próprias às concepções particulares e às máscaras assumidas pelo escritor em cada contexto.
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