Durante o período da primeira infância, é de fundamental a co-existência de fatores de estimulação, a fim de que a criança possa desenvolver todas as suas potencialidades. A estimulação ambiental, neste sentido, é de suma importância, e sua privação pode ser fator responsável por atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor. O objetivo deste trabalho é apresentar as diretrizes do Programa de Estimulação Precoce realizado em um lar beneficiente, em Florianópolis/SC/Brasil, vinculado a um Projeto de Extensão do Laboratório de Desenvolvimento Humano (LADEHU), Centro de Educação Física, Fisioterapia e Desportos (CEFID), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). O projeto tem na prevenção seu alicerce de trabalho, promovendo a qualidade de vida das crianças a partir do monitoramento de seu desenvolvimento neuropsicomotor e intervenção estimuladora sobre o mesmo. Os critérios de elegibilidade para adentrar ao programa incluem o abrigamento no Lar e idades cronológicas entre 0 e 24 meses. O instrumento de avaliação consiste nos testes e questões da Escala de Brunet-Lézine (1981), envolvendo as áreas postural, óculo-motriz, da linguagem e social. A parir de uma avaliação inicial, é observado o perfil de desenvolvimento da criança, sobre o qual são elaborados os objetivos da intervenção neuropsicomotora. As atividades de estimulação são realizadas em contexto lúdico, com bases teóricas fundamentadas em Piaget, Wallon, Conceito Neuroevolutivo (Bobath) e Integração Sensorial, conduzidas por acadêmicas de Fisioterapia e monitoradas por fisioterapeutas, buscando proporcionar experiências psicomotoras impulsoras do desenvolvimento infantil. Atualmente são assistidas 09 crianças de alto risco social, na faixa etária de 0 a 24 meses, avaliadas e estimuladas longitudinalmente quanto ao desenvolvimento neuropsicomotor. Considerando a primeira infância como o período crítico para o desenvolvimento neuropsicomotor, torna-se justificado o acompanhamento dos aspectos motores e psicoafetivos, uma vez que tal fase representa o estabelecimento de vínculos relacionais importantes para a vida futura da criança. A partir da mais tenra idade, é imprescindível oportunizar a afetividade e vivências psicomotoras, de forma a proporcionar a continuidade hígida do desenvolvimento humano.
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