Paulo Fernando Carneiro de Andrade
This article aims to reflect on the impacts of globalization economy in contemporary culture.
The accelerated transformation of culture and of social relations differs from other processes of structural changes because change in the field of economy have caused serious cultural crisis since the 1980s. What best characterizes the new era is the expansion of market that has increasingly been �all embracing� and �omnipresent�, thus transforming human relations in market relations. Neoliberal globalization and the expansion of market articulate themselves thus producing a deep crisis of culture. Rationalization produced by modernity has reduced human being and nature to productive interests. Crisis in early modernity brings out another reduction: the one of reason replaced by sensation. In this way one can say that it has emerged a radical individualism and even a kind of indifferentism as well as the refusal to look for a sense or a meaning to the experience and human life. This reality presents some risks to Christianity and religions. They may succumb to the temptation of the market, satisfaction of desire and hiper egoic enjoyment, with double consequence: or by offering a religion based on consumerism and on economic prosperity, or by offering a fundamentalistic perspective that leads believers to renounce their autonomy and submit themselves to the religious leaders of the "Symbolic Order". This articles ends up by presenting the most recent criticism of Christianity to this reality, returning to the thought of the popes John XXIII, Paul VI and John Paul II.
O presente artigo objetiva refletir sobre os impactos da globalização econômica na cultura contemporânea. O processo acelerado de transformação da cultura e das relações sociais distingue-se de outros processos de mudança estrutural porque as mudanças no campo da economia, desde a década de 1980, provocaram uma grave crise cultural. O que mais caracteriza os novos tempos é a expansão do mercado, que se torna omniabrangente e omnipresente, transformando as relações humanas em relações de mercado. Globalização neoliberal e a expansão do mercado se articulam e isso gera profunda crise da cultura. A racionalização produzida pela modernidade reduziu o ser humano e a natureza aos interesses produtivos. A crise na primeira modernidade faz emergir outra redução: a razão substituída pela sensação. Daí caminha-se para um radical individualismo, até ao indiferentismo e a recusa de se buscar um sentido ou significado para a experiência e a vida humana. Essa realidade oferece riscos para o Cristianismo e as religiões. Elas podem ceder à tentação do mercado, à satisfação do desejo, do gozo superegóico, com dupla consequência: ou oferecendo uma religião de consumo e da prosperidade econômica, ou o fundamentalismo que leva os fiéis à renunciarem à sua autonomia e se submeterem às lideranças religiosas da �Ordem Simbólica�. Na conclusão, o artigo apresenta as mais recentes críticas do cristianismo a essa realidade, retomando o pensamento de João XXIII, Paulo VI e João Paulo II.
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