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Nous, marins, citoyens brésiliens et républicains: identités, modernité et mémoire de la révolte des matelots de 1910

  • Autores: Sílvia Capanema
  • Localización: Nuevo mundo, mundos nuevos, ISSN-e 1626-0252, Nº. 10, 2010
  • Idioma: francés
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      In November 1910 about two thousand Brazilian sailors seized the principal warships of the Republic and aimed their guns at the city of Rio de Janeiro. Their greatest claim made a profound impact at the time: the abolition of corporal punishment. The movement was victorious at first but the sailors were later betrayed and many of them massacred. This event, known as The Revolt of the Whip, became a landmark in Brazilian history and helped popularize the figure of a new national hero, the Black Admiral, João Cândido. A more detailed study of these seamen and their living conditions gives us new insight into the causes of the mutiny and the nature of the sailors. These young men, usually from the northeast of Brazil, most of them of African or mixed ancestry but some whites as well, were trained as naval apprentices. The mutiny was the result of years of organization by several different leaders. The Brazilian Navy was attempting to modernize its material and its manpower, but one of the greatest problems faced by the seamen was prejudice. The mutineers were expressing their desire for freedom, the primary condition for full citizenship, and they intended to play an active role by organizing one of the greatest rebellions in the Navy history. This was a mutiny with important political implications that marked the passage from the demand for basic rights regarding the treatment of an individual to the collective rights of the seamen to pool their concerns and to be recognized as the National Marine Corps. This thesis discusses the identities of the sailors, the modernization process of the Armada in the First Republic and the place of the event in the national memory.

    • français

      En novembre 1910, plus de 2000 marins brésiliens prirent le contrôle des principaux bâtiments de guerre de la République et braquèrent leurs canons sur la capitale Rio de Janeiro afin d`obtenir l`abolition des châtiments corporels dans la Marine. Victorieux dans un premier temps, les marins furent trahis et massacrés plus tard, suscitant l`émotion de l`opinion publique. Devenue depuis un lieu de mémoire, la Revolta da Chibata (Révolte du Fouet) contribua à créer un nouvel héros national : l`amiral noir João Cândido. Une étude plus approfondie des marins et de leurs conditions de vie permet de nouvelles lectures. Ces jeunes hommes, pour la plupart originaires du nord-est du Brésil, formés à l`école des apprentis marins, souvent noirs ou métis, mais aussi blancs, voyageaient dans de nombreux pays étrangers où ils pouvaient échanger leurs expériences avec d`autres matelots. À bord cependant, ils demeuraient soumis à une discipline rigoureuse et confrontés à la persistance de préjugés hérités du régime esclavagiste, dans le contexte de la modernisation de la Marine de guerre. Les marins aspiraient pourtant à devenir des acteurs à part entière de ce processus et revendiquaient la liberté, condition première de la citoyenneté. Ils organisèrent une des plus importantes révoltes de la période, un soulèvement aux implications politiques multiples marquant le passage de revendications sur l`usage du corps physique du marin à l`émergence d`une conscience commune : celle du Corps des Marins Nationaux. La question posée est celle de l`identité des marins, de la modernisation de l`Armada aux temps de la Première République et de la place de l`événement dans la mémoire nationale.

    • português

      Em novembro de 1910, aproximadamente 2000 marinheiros brasileiros tomaram o poder dos principais vasos de guerra da República e apontaram seus canhões contra a cidade do Rio de Janeiro, capital federal. A sua principal reivindicação causou grande impacto na época: a abolição dos castigos corporais, nomeadamente do uso da chibata. O movimento saiu vitorioso num primeiro momento, mas os marinheiros foram traídos e massacrados posteriormente. Esse acontecimento, conhecido como Revolta da Chibata, tornou-se também um lugar de memória para a historiografia brasileira e os diferentes movimentos sociais, participando da edificação da figura de um novo herói nacional, o almirante negro João Cândido. Porém, um estudo mais detalhado dos marujos e de suas condições de vida nos permitiram ampliar esses sentidos. Eram, na maioria, jovens, egressos das escolas de aprendizes a marinheiro, nordestinos, pardos e negros, mas também brancos. A Marinha brasileira buscava a modernização material e humana, mas um dos maiores problemas enfrentados pelos marujos era o preconceito. Eles falavam também em liberdade, condição primeira para a cidadania, e pretendiam se tornar atores de um novo processo, organizando um levante de múltiplas implicações políticas, que marca a passagem da reivindicação por direitos básicos com relação ao uso do próprio corpo à consciência de que compunham um elemento comum: o Corpo de Marinheiros Nacionais. Esta tese pretende discutir as identidades dos marinheiros, o processo de modernização da Armada na Primeira República e o lugar do acontecimento na memória nacional.


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