No Brasil, os critérios tradicionalmente retidos pelas ciências sociais para distinguir a cidade informal (favela) da cidade formal creditaram a idéia de uma oposição entre estes dois universos sociais e espaciais. A permanência destas noções e destes conceitos explica a dificuldade de certos discursos atuais, buscando sublinhar a continuidade entre as duas faces da mesma realidade urbana e a dar conta com pertinência de sua articulação. A distância demasiada entre a intenção e os instrumentos de análise, cria uma distorção nociva.
Afim de provar a inadequação destes critérios, o autor propõe de os utilizar para descrever uma realidade sócio-espacial particular: aquela do departamento de geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Chega-se então a constatação de uma similitude da dinâmica sócio-espacial entre o departamento de geografia e a favela vizinha.
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