Nesta comunicação pretendemos explorar o sentido da participação dos pais na escola no quadro da sua governação democrática. De forma mais específica, centraremos a nossa análise na identificação de alguns dos traços identitários do estereótipo do pai responsável, tomando como referencial empírico os dados de uma investigação recentemente concluída.
Na abordagem desta temática cruzaremos uma focalização sincrónica, ancorada nas falas de alguns actores educativos actuais, com uma abordagem diacrónica, que procura recuperar algumas invariantes presentes em fragmentos discursivos dispersos, pondo-se em destaque a imagem idealizada do pai como colaborador subordinado.
Com esta análise pretendemos mostrar que as expectativas normativas que envolvem o estereótipo do pai responsável, pela sua indiferença à diferença, são potenciadoras de mais uma das muitas formas de exclusão que culpabilizam as suas vítimas.
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