Elisa Maria R. dos Santos, Roberto Simão
Estudos evidenciam que os exercícios resistidos (ER) podem influenciar no efeito hipotensivo pós-esforço, principalmente na pressão arterial sistólica (PAS). Contudo, a literatura permanece controversa. O objetivo foi verificar o comportamento da PAS e pressão arterial diastólica (PAD) em repouso após a realização de um programa composto de três séries com cargas para 10 repetições máximas (10RM) em quatro exercícios. Selecionamos nove voluntários, sendo quatro mulheres e cinco homens. Cada voluntário compareceu três vezes não consecutivas ao local do estudo. Na primeira visita, foram realizados testes de 10RM para verificação das cargas nos exercícios �puxada pela frente� no pulley, leg press horizontal, rosca bíceps e mesa flexora. Na segunda visita, realizou-se um re-teste para verificação da fidedignidade do teste anterior. Na terceira visita, indivíduos realizaram um aquecimento específico e, após dois minutos de intervalo, iniciaram a sessão de treinamento. Os intervalos de recuperação entre as séries e os exercícios também foram estipulados em dois minutos. A PA foi aferida antes do treinamento na terceira visita, através do método auscultatório. Após o término da seqüência de exercícios, aferiu-se a PA em ciclos de cinco minutos, com o indivíduo em repouso total. Para análise dos dados, valeu-se da ANOVA para medidas repetidas, com verificação post-hoc de Tukey, verificando a PAS e a PAD pós-esforço (p<0,05). Não se verificaram diferenças significativas entre os valores da PAS e da PAD pós-esforço, quando comparadas à PAS e à PAD em repouso. Porém, observou-se uma tendência ao efeito hipotensivo da PAS quando comparada às medidas de repouso. Em relação à PAD, essa tendência não foi observada. Nossos resultados sugerem que um treinamento de força com um pequeno volume não será capaz de reduções significativas da PA pós-esforço.
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