Julio Sergio Marchini, Carlos Alexandre Fett, Waléria Christiane Rezende Fett, Vivian Marques Miguel Suen
O propósito desta revisão é analisar de forma crítica as aplicações da calorimetria na orientação dietética e de atividade física para sedentários e atletas. Segundo a termodinâmica, a energia não pode ser criada nem destruída, mas sim transformada; o calor produzido pelo corpo pode ser utilizado para medir o gasto energético individual. Essa produção térmica corresponde à energia oxidada pelos processos biológicos (digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes) e ao custo calórico de uma determinada atividade física. Como cada nutriente tem quantidades específicas de consumo de O2 e produção de CO2, pode-se utilizar a medida da concentração destes gases mais o volume expiratório, para estimar, indiretamente, o consumo de energia de uma determinada situação. As aplicações práticas destas medidas estão relacionadas ao ajuste dietético adequado para cada situação e mensuração do gasto energético de atividades específicas. A combinação destas duas variáveis permite que se ajuste, por exemplo, uma dieta hipocalórica para um obeso em programa de redução de peso, ou uma dieta isocalórica para um atleta de alto rendimento, evitando o excesso alimentar. Toda vez que ocorre lipogênese por excesso de consumo calórico, há maior produção e eliminação de CO2 , fazendo com que o quociente respiratório ultrapasse 1. As implicações desta relação para o indivíduo obeso e para o atleta de alto nível ainda não estão claras e devem ser motivo de futuros estudos.
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