Este artigo pretende, desde uma perspectiva liberal, discutir contextualmente a categoria gênero. Nas seis seções que o compõem procura realizar uma crítica profunda da ciência social, a partir, porém, de uma ótica menos rígida no tratamento de categorias dicotômicas excludentes tais como masculino-feminino, racional-afetivo, privado-público, liberal-comunitário, para mencionar alguns dos tópicos centrais suscitados pelos vários debates sobre gênero. A metodologia utilizada é a comparativa, a partir da qual se analisam autores como Kolberg, Gilligan, Rawls, entre outros. Uma das principais conclusões alcançadas neste trabalho é a de que os esquemas teóricos tradicionais, ainda existentes, dificultam a possibilidade de se alcançar amplos consensos e atrasam o equacionamento de problemas práticos, tais quais, no caso peruano, aqueles oriundos da tradução do discurso de eqüidade em ações e em práticas cotidianas concretas, que permitam aos cidadãos um verdadeiro acesso à justiça.
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