As minhocas são muito sensíveis aos diferentes tipos de uso e manejo do solo em áreas agrícolas, sendo por isso utilizadas como bioindicadoras da qualidade do solo. O processo de urbanização, também, pode proporcionar grandes mudanças nascaracterísticas originais dos solos, mas seu impacto sobre a população de minhocas é pouco estudado. Dessa maneira, neste trabalho avaliou-se a densidade populacional, biomassa e espécies de minhocas em ecossistemas no Setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná (Curitiba, PR). Os ecossistemas amostrados foram bosque, plantação de manduirana (Senna macranthera) e gramado instalados e os agroecossistemas foram pastagem cultivada e pastagem perene. A extração das minhocas foi efetivada no dia 20 de março de 2003, utilizando uma solução de formaldeído. Verificou-se grande variação na densidade populacional, com 73, 44, 36, 23 e 17 ind.m-2 para a pastagem perene, plantação de manduirana, bosque, gramado e pastagem cultivada, respectivamente. Devido às diferenças nas dimensões das minhocas entre os ecossistemas, a biomassa apresentou a seqüência 26,3 , 12,9 , 12,3 , 11,7 e 6,7 g.m- 2 para pastagem perene, pastagem cultivada, bosque, gramado e plantação de manduirana, respectivamente. Foram encontradas as espécies exóticas Metaphire californica, Amynthas gracilis (Megascolecidae) e Pontoscolex corethrurus (Glossoscolecidae). Assim, a população de minhocas também mostra-se sensível às variações de uso do solo em condição urbana.
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