A globalização significa a própria mudança da condição humana em todas as suas vertentes, fazendo emergir a vida quotidiana e a dimensão ética que levam a questionar a concepção de pessoa/cidadão e de cultura, num contexto de multiculturalidade, traço essencial da sociedade tecnológica, em que todos os quotidianos são co-presentes.
É nessa asserção que os projectos educativos se podem configurar de forma convergente com um projecto social viável, de modo a que as mutações em curso, e que se configuram possíveis, possam vir a ser qualificadas de positivas no contexto da globalização vista como uma oportunidade para a humanidade.
Assim, emerge como essencial, no contexto da sociedade tecnológica digital globalizada, uma visão ontológica da cidadania, isto é, a assunção da cidadania como uma condição da natureza humana, muito articulada com a pessoalidade.
A identidade e o sentido de pertença constroem-se em cada cidadão e não pré existem em ninguém, como qualquer coisa de hereditário ou de adquirido, apesar de todos nascermos sociais.
Este deverá ser o grande desígnio da educação, dentro e fora da escola, já que toda a educação deverá ser personalização, enquadrada num contexto de formação, de culturalização e de humanização, exigindo novas competências cognitivas, axiológicas e relacionais.
Palavras-chave: cidadania, sociedade tecnológica digital globalizada, ser digital.
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