Si, chez Merleau-Ponty, la perception se donne en tant qu'action dirigée, une intention qui ouvre un espace du sentir à partir du point où je me trouve maintenant, c'est parce qu'elle est perception d'un corps et non l'opération d'une conscience. Ainsi, quelque soit la synthèse sur laquelle la connaissance s'appuie, elle ne peut être opérée qu'à partir de l'unité de l'expérience perceptive dans la configuration de mon schéma corporel. Nous défendons donc dans cet article que tout ce que je perçois demeure dans le corps comme latence d'une expérience qui a eu, ou qui aura, lieu dans l'actualité de tout mouvement perceptif par lequel je reste constamment ouverte au monde. Cette sédimentation des vécus, nous l'appelons mémoire sensible, dont le fondement trouve une justification essentielle dans la fonction motrice.
Se, em Merleau-Ponty, a percepção se dá como uma acção dirigida, uma intenção que abre um espaço de sentir a partir do ponto onde agora me situo, é porque ela é percepção de um corpo e não operação de uma consciência. Neste sentido, qualquer que seja a síntese na qual o conhecimento se apoie, ela só pode ser operada a partir da unidade da experiência perceptiva na configuração do meu esquema corporal.
Defendemos por isso neste artigo que tudo quanto percebo permanece no corpo como latência de uma experiência acontecida e a acontecer na actualidade de todo o movimento perceptivo pelo qual permaneço constantemente aberta ao mundo.
A esta sedimentação das vivências chamamos memória sensível, cuja fundamentação encontra na função motora uma justificação essencial.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados