Sabe-se que o messianismo político foi um ingrediente decisivo nas vitórias eleitorais de Carlos Menem, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso em contextos de descontrole inflacionário, demandas sociais reprimidas e expectativas populares super-dimensionadas.
Mas poucos perceberam que o messianismo, além de eficiente recurso eleitoral, tornou-se também uma variável-chave na formulação das políticas econômicas do Brasil e da Argentina. O fundamentalismo de mercado obteve a proeza de converter o planejamento econômico em sebastianismo, de sofismar o debate estratégico em vigílias por milagres. As elites econômicas locais e sua tecnoburocracia conexa confiaram a terceiros suas responsabilidades políticas, acreditando que receberiam três graças
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados