Este trabalho se dedica a refletir sobre a perda de prestígio da profissão docente em um contexto de ofensiva neoliberal, sendo examinada de maneira mais particularizada considerando a situação da Educação Física. A partir de uma revisão bibliográfica sustentada por autores como Oliveira (2004), Leher e Barreto (2003) e Kuenzer (1999) que tematizaram a reestruturação do trabalho docente, pudemos fazer um paralelo com as transformações que a Educação Física enquanto prática docente sofreu nos últimos tempos. A análise histórica e documental nos permite defender que a docência em Educação Física vem sendo posta de lado, dando lugar ao profissional liberal, flexível e autônomo, regulado pelo mercado de trabalho. Entendemos que há uma relação significativa entre a desvalorização da disciplina na educação básica e a formação humana do trabalhador para o atual momento de gerência da crise do capital. Ainda salientamos que as novas diretrizes curriculares para a Educação Física não contribuem para sua revalorização como prática docente.
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