L'Europe relève d'un pluralisme fondé sur une diversité linguistique, culturelle, institutionnelle. Le multiculturalisme est vu pas les uns comme un bien, comme un mal par les autres. Né au Canada, s'accompagnant d'une "polotique de la reconnaissance", il tend en Europe à répondre à la gestion des diversités (ethniques, religieuses, etc.) dans la communauté politique. Il suppose donc l'émergence d'un projet politique européen commun permettant l'apparition d'une culture européenne commune (qui pourrait englober les étrangers non européens). D'où la nécessité d'institutions supranationales, d'institutions supranationales, d'une construction juridique commune. Encore faut-il que l'adhésion populaire suive, assurant l'éclosion d'une citoyenneté européene réelle. Le rôle de la "conscience collective" est en effet plus fort que celui des Parlements. Une telle adhésion exige échanges et responsabilités partagées dans un espace public européene. En fait un tel espace se fait jour, qui se qualifie de transnational et qui, par un système de réseaux transnationaux (par exemple les populations immigrées), permet de contourner les États-nations. Ceux-ci, paradoxalement, sortent renformcés de l'extension du domaine supranational. De ce fait la nécessité d'une culture européenne commune se fait jour, en particulier à travers le problème des minorités qui voit l'affirmation des États (en France par exemple) au détriment de la supranationalité. La question se trouve donc posée d'accorder cultures nationales et unité politique européenne, , d'envisager une "acculturation politique réciproque entre États", de mettre en place une culture civique auropéenne respectueuse de identités, de réaliser une heureuse "combinaison entre l'un et le multiple". Le multiculturalisme pourrait ainsi constituer le fondement d'une unité politique.
A Europa depende de um pluralismo baseado numa diversidade linguística, cultural, institucional. O multiculturalismo é visto por uns como um bem, e por outros como um mal. Originário do Canadá, fazendo-se acompanhar de uma "política do reconhecimento", ele tende a responder, na Europa, à gestâo das diversidades (étnicas, religiosas, etc.) com o fim de as incluir na comunidade política. Supôe portanto a emergência de um projecto político europeu comum (que poderia englobar os estrangeiros nâo europeus). Daí a necessidade de instituiçôes supranacionais, de uma construçâo jurídica comum, com a condiçâo de obter a adesâo popular, de forma a assegurar a eclosâo de uma real cidadania europeia. O papel da "consciência colectiva" é efectivamente mais forte que o dos Parlamentos. Uma tal adesâo exige intercaâmbios e responsabilidades partilhadas num espaço público europeu. Como efeito, tal espaço começa a nascer, qualificando-se de transnacional e graças a um sistema de redes transnacionais (por exemplo as populaçôes imigrantes), permite contornar os Estados-naçôes. Paradoxalmente, estes saem reforçados da extensâo do domínio supranacional. Por esta razâo, sente-se a necessidade de uma cultura europeia comum, nomeadamente através do problema das minorias que vê a afirmaçâo dos Estados (em França por exemplo) en detrimento da supranacionalidade. Tratase assim de fazer coincidir culturas nacionais e unidade política europeia, de enfrentar uma "aculturaçâo política recíproca entre Estados", de criar uma cultura cívica europeia respitadora das identidades, de realizar uma felez "combinaçâo entre o uno e o múltiplo". O multiculturalismo poderia assim constituir o fundamento de uma unidade política.
The diversity of its languages, cultures and institutions makes Europe pluralistic. In some quarters multiculturalism is seen as good, in others as an evil. It originated in Canada, where it went together with a "policy of recognition". In Europe multiculturalism tends to be used as a means of managing differences (ethnic, religious, etc.) with a view to inclusion in a political community. In Europe it should therefore imply the emergence of a common European political project (which might include non-Europeans). This is why in Europe there should be supra-national institutions and a common legal system. However, if a real European citizenship is to emerge, the people of Europe will have to feel that they are part of this development. In this respect "collective consciousness" carries more weight than parliaments. Involvement of the people in the project entails exchange and a sharing of responsabilities in a public space that is European, and not merely national. A space of this sort is in fact emerging. A system of networks (e.g. those of immigrant groups) is setting up a transnational space which enables people to circumvent national authorities. Paradoxically enough, however, parliaments are being strengthened by this extension of the supranational domain. This in turn is bringing out the need for a common European culture. In dealing with minorities, governments are asserting their authority against the principle of supranationality. How can national cultures be harmonised and European political unity brought about? What seems to be needed is "reciprocal political acculturation between States", setting up a European civic culture that respects identities. A way must be sought of happily "combining unity with multiplicity". This is why multiculturalism could form the foundation of political unity.
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