Resumen de La Méditerranée: crise ou renforcement des identités
- English
The dynamics of the construction of Europe have to a large extent brought about in countries such as Greece, Portugal and Spain, a transformation that had seemed impossible, at least in so short a time. Yet problems remain on the "frontiers" of the region. In the South, the regimes set up after decolonisation have not succeeded in taking off economically, and are now facing difficulties of many sorts. In the East, the fall of the Berlin Wall has brought unleashed nationalisms that had for a long time been held in check by Sovietic power. For these countries, qualification for membership of the European Union seems out of reach. Europe is apparently putting off the day when it will have to accept the co-existence of three religious groupings (Catholic-Protestant, Orthodox, and Islamic), each with its own culture. Having survived the hazards of history, these cultures will now have to share the Mediterranean. But two developments -the break-up of Yugoslavia on the one hand, and on the other the fact that immigrant minorities from North Africa and Turkey are barely adapting to their new home -show that this is not going to be easy. Europe will have to operate on a much broader scale, involving the Mediterranean region and the entire European continent. Only this will enable it to invent a compromise between the very different countries that compose it.
- français
La dynamique de la construction européene a permis, dans une large mesure, une transformation jugée impossible dans un délai aussi bref de pays comme la Grèce, le Portugal et l'Espagne. Mais les "frontières de l'Europe" ne sont pas sans poser problème: au Sud, après la décolonisation, les nouveaux régimes n'ont pu faire décoller leur pays économiquement et doivent affronter de nombreuses difficultés. À l'Est, la chute du mur de Berlin a suscité la montée de nationalismes longtemps bridrés par l'Union européenne apparaissent alors comme hors de portée. En fait l'Europe recule la date où il lui faudra accepter la coexistence des trois religions (catholique-protestante, orthodoxe et musulmane) et des trois cultures correspondantes qui ont survécu aux aléas de l'Histoire et se partagent la Méditerranée. L'exemple de l'eclatement de Yougoslavie, celui des minorités immigrées d'Afrique du Nord ou de Turquie et qui s'intègrent désormais peu ou pas montrent que l'Europe a besoin de s'affirmer à l'extérieur et de renformcer également les pays de la rive sud de la Méditerranée comme ceux du sud-est de l'Europe. Elle a besoin d'une dynamique à l'échelle du continent et de la Méditerranée capable de trouver un compromis avec la diversité des États qui en forment la trame.
- português
A dimâmica da construçâo europeia permitiu, em larga medida, uma transformaçâo considerada impossível num prazo tâo curto em países como a Grécia, Portugal e a Espanha. Mas as fronteiras da Europa nâo deixam de pôr problemas: no Sul, após a descolonizaçâo, os novos regimes nâo puderam fazer descolar economicamente os seus países e devem enfrentar numerosas dificultades. A Leste, a queda do muro de Berlim despertou nacionalismos que tinham sido reprimidos durante muito tempo pela Uniâo Soviética. As condiçôes de admissâo à Uniâo Europeia surgem entâo como inacessíveis. Com efeito, a Europa recua a data em que deverá aceitar a coexistência das três religiôes (católica-protestante, ortodoxa e muçulmana) e das três culturas correspondentes que sobreviveram aos acasos da História e que partilham o Mediterrâneo. O exemplo da explosâo da Jugoslávia, o das minorias imigrantes da Africa do Norte ou da Turquia e que se integram agora dificilmente mostam que a Europa precisa de se afirmar no exterior e de reforçar igualmente os países da margem sul do Mediterrâneo como os do sudeste de Europa. Ela precisa de uma dinâmica à escala do continente e do Mediterrâneo capaz de encontrar um compromisso com a diversidade dos Estados que forman a sua trama.
