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Resumen de Faça voc mesmo: HQs e a questão da agencia

Geisa Fernandes D¿Oliveira

  • Podemos falar nas Histórias em Quadrinhos (HQs, como são conhecidas as bandas desenhadas no Brasil) somente em termos de reflexão do real ou há lugar, no interior desta linguagem, para a criação de positividades, nos moldes propostos pelo filósofo Michel Foucault em sua investigação acerca dos métodos punitivos (Vigiar e Punir, 1975)? Os mecanismos disciplinarizantes presentes em nossa sociedade geram não só negatividades, mas também diversas positividades, posturas, modos de ser e agir. As HQs, enquanto meios comunicacionais, estão sujeitas a este duplo movimento: incorporam aspectos da coletividade na qual se inserem, sendo porém igualmente capazes, dada a concretude do próprio ser da linguagem, de originar positividades, dinâmicas que, a partir de uma rede de inserção e exclusão, compõem uma verdadeira economia das imagens. O potencial destas novas realidades, as quais se articulam com o mundo exterior, influenciando-o e sendo por ele influenciadas é o foco de nossa análise das HQs. Tal linguagem constitui uma via alternativa de constituição de realidades e, portanto, de democratização da comunicação. Devemos levar em conta que as representações não são apenas um meio de dar voz aos indivíduos, de lhes permitir declarar de onde vêm e o que são, mas também desempenham o papel de estabelecer os lugares de onde estes gostariam de falar. A consciência deste processo estende significativamente as possibilidades de agência cotidiana e de um posicionamento crítico frente às realidades em construção. Locais de tensão na malha intrincada das relações de poder-saber que podem e devem ser explorados.


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