Presença portuguesa na caricatura brasileira: sopros de modernidade no traço e no humor

• Autores: Ana María Rebello
• Localización: Comunicación local : da pesquisa á producción: actas do Congreso Internacional Lusocom 2006, Santiago de Compostela, 21 e 22 de abril de 2006 / coord. por Margarita Ledo Andión, 2006, ISBN 84-9750-620-0, págs. 3979-3990
• Idioma: portugués
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• Resumen

  • A caricatura como imagem gráfica do humor, constitui valiosa fonte de informação sobre a cultura e consiste em agente para a preservação da memória coletiva, inclusive dos aspectos que se opõem à memória oficial. A presente pesquisa aborda parte de estudo mais amplo sobre a caricatura veiculada pela imprensa da Belle Époque no Rio de Janeiro, objetivando esclarecer questões que se ligam aos debates sobre a modernidade brasileira. Nesse contexto, destacamos as presenças marcantes de Bordalo Pinheiro e Julião Machado, artistas gráficos portugueses que, entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX, participaram do processo de renovação da caricatura no Brasil. Analisamos a contribuição de ambos como colaboradores de periódicos e revistas do Rio de Janeiro. As ilustrações humorísticas de Bordalo prenunciavam, através de traços sofisticados e técnica precisa, as rupturas com a estética tradicional que seriam aprofundadas por Julião Machado vinte anos mais tarde. Em sua permanência prolongada no cenário da imprensa carioca, foi responsável pela implantação de novo estilo gráfico nas imagens e inovação na forma de crítica psicológica da vida social e política. A influência de Julião foi decisiva na formação da geração seguinte de importantes sucessores brasileiros, incluindo-se entre eles: Raul Pederneiras (Raul), Calisto Cordeiro (K-lixto) e J. Carlos.