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O bom humor das tiras brasileiras

  • Autores: Henrique Magalhães
  • Localización: Comunicación local : da pesquisa á producción: actas do Congreso Internacional Lusocom 2006, Santiago de Compostela, 21 e 22 de abril de 2006 / coord. por Margarita Ledo Andión, 2006, ISBN 84-9750-620-0, págs. 4170-4187
  • Idioma: portugués
  • Texto completo no disponible (Saber más ...)
  • Resumen
    • O mercado de quadrinhos no Brasil é dominado pelos quadrinhos estrangeiros, em particular os oriundos dos Estados Unidos da América, com seus super-heróis e personagens dos estúdios Disney. Por outro lado, um novo fenômeno começa a dividir os quiosques, com a enxurrada de quadrinhos japoneses. Aos quadrinhs brasileiros, excetuando-se a produção do estúdio Maurício de Sousa, resta a atuação no meio independente, já que não encontram nenhuma política editorial das grandes editoras em apoio a sua produção. A editora Marca de Fantasia, criada em 1995 como resultado de uma longa experiência com a edição de fanzines, tem prestigiado os novos autores brasileiros, favorecendo as novas linguagens e revelando valores. Seu processo de produção é artesanal, com pequenas tiragens progressivas, mas que apresentam uma qualidade gráfica profissional. O artigo visa apresentar a trajetória da editora Marca de Fantasia desde a sua criação, suas primeiras produções, as linhas editoriais e seu desenvolvimento nesses 10 anos de atividades. Ao mesmo tempo, faz uma análise da recepção do público às suas publicações, as transformações sofridas com a expansão da internet e os novos rumos que tem trilhado nos últimos anos. O trabalho parte do contexto da imprensa independente no Brasil e sua relação com o mercado. Avalia o intercâmbio entre a editora Marca de Fantasia e outras editoras independentes. Faz uma análise da produção da editora, seus acertos e êxitos de forma a compreender os novos caminhos pelos quais ela tem seguido. 4172 As Histórias em Quadrinhos tiveram no humor sua mola propulsora, sua gênese. São muitos os exemplos dos primeiros quadrinhos que se construíram sobre o suporte do humor. No início do século XIX o artista suíço Rodolphe Töpffer, já em 1827, criaria sua "literatura em estampas", com a publicação Monsieur Vieux-Bois, uma crônica da vida quotidiana. Monsieur Reac foi a primeira personagem de cunho político, criada em 1848 por Nadar. Max und Moritz foram as personagens do alemão Wilhelm Busch, lançados em 1865. A traquinagem desses garotos influenciaria o norte-americano Rudolph Dirks, que criou em 1897 os Katzenjammer Kids, ou Sobrinhos do Capitão. Por sua vez, Os Sobrinhos do Capitão viriam inspirar Angeli a criar em 1987 Os Skrotinhos, uma versão escrachada dos moleques. O Brasil também contribuiria para a formação da linguagem dos Quadrinhos com a publicação em 1869 de As aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma viagem à Corte, de Angelo Agostini. Esta é considerada nossa primeira história em quadrinhos, com uma crítica mordaz da vida no Império no melhor estilo das sátiras muito difundidas na época. Os quadrinhos de Agostini faziam um humor enxuto, próprio das tiras, realçando a caricatura da vida quotidiana. Muitos desses exemplos de quadrinhos humorísticos do século XIX não chegavam exatamente a ter o formato da tira. Eles eram publicados como páginas dos suplementos dominicais. As tiras só viriam ser criadas mais tarde, no início do século XX. Elas passaram a ser veiculadas diariamente na página de variedades dos jornais, em preto e branco, formando uma banda (bande dessinée no francês, ou banda desenhada) no sentido horizontal, contendo três a cinco quadros em seqüência. Muitos pesquisadores consideram que a formatação da tira viria se estabelecer a partir da criação por Bud Fisher da personagem Mr. Mutt, em 1907, que depois incorporaria seu parceiro Jeff, conhecidos no Brasil como Mutt & Jeff.1 A criação das tiras (comics strips) impulsionaria a massificação dos quadrinhos por intermédio das distribuidoras norte-americanas, ou syndicates, que passaram a exportá-las para todo o mundo. A compilação das tiras de Mutt & Jeff, em 1934 em edições meio-tablóide, deram origem aos comic books, ou revistas em quadrinhos, como as temos hoje.2 4173 Com os syndicates, os Estados Unidos se tornaram um verdadeiro celeiro das tiras, com a criação de inúmeras personagens das mais diversas expressões. Eles dominam não só o processo criativo como também o produtivo e de comercialização, a ponto de terem o gênero como um valor identitário.


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