Este estudo propõe discutir o processo de formulação, divulgação e implantação das novas diretrizes curriculares (NDC), elaboradas pela Comissão de Especialistas da Área de Comunicação Social (CEE-C0M) e aprovadas em abril de 2001 pelo Conselho Nacional de Educação do Ministério de Educação e Cultura (CNE/MEC). Discute, sobretudo, como o período da formulação dessas diretrizes foi atravessado por acirrada polêmica entre dois segmentos acadêmicos que, historicamente, representam posições diametralmente opostas: um que reivindica a indivisibilidade do ensino de comunicação e a formação ampla do comunicador e outro que enfatiza um ensino focado nas habilitações e na formação técnico-profissional. O trabalho parte do pressuposto de que a retomada de tal polêmica reflete a dificuldade do campo acadêmico de comunicação e de seus agentes em romper com a histórica dicotomia teoria e pratica e entre formação integral e especializada do comunicador e, sobretudo, com o pragmatismo do ensino na área. O artigo atesta que tal pragmatismo tem se acentuado atualmente face à disseminação do modelo de Universidade Operacional, regido pelo ensino e pesquisa de resultados e por padrões de eficácia empresarial.
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