Este artigo analisa a nova industrializaçao do Nordeste brasileiro, resultante de políticas de atracçao industrial a partir dos anos 90 e caracterizada por incentivos fiscais a indústrias de uso de trabalho intensivo, como calçados e confecçoes, e pela induçao de organizaçao de cooperativas de trabalhadores para externalizar a produçao e reduzir os custos como a mao-de-obra. Esse processo foi mais significativo no estado do Ceará. As cooperativas foram instaladas no interior do estado, com oferta abundante e barata de mao-de obra sem outras opçoes de emprego e com inexistência de actividade sindical. Esse processo ocorreu num contexto de reestruturaçao económica e mudanças políticas de carácter neoliberal do Estado brasileiro, marcado pela abertura do mercado interno às exportaçoes, a desnacionalizaçao de sectores produtivos, a relocalizaçao industrial e a modernizaçao tecnológica.
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