Este ensaio pretende a partir de uma discussão conceitual (subdesenvolvimento, crescimento, cinema subdesenvolvido, cinema do ocupado e do ocupante) enquadrando-o nas diversas fases históricas a que correspondente a evolução e o crescimento do cinema brasileiro, chegando a sua fase atual, da internacionalização neoliberal das economias nacionais, e da brasileira, por conseguinte. Nesse processo defende a hipótese de que hoje mais do que nunca a dicotomia entre o de dentro e o de fora da economia nacional não encontra mais sustentação e que a mundialização neoliberal tornou hegemônico o "cinema do ocupante" que incorporou o próprio "cinema do ocupado". O resultado é que existe uma semelhança muito grande entre os cinemas mundiais no que concerne a utilização dos efeitos especiais e da alta tecnologia de que se dispõe hoje mundialmente e uma semelhança maior: o crescimento em termos formais não permitiu mais a nenhum dos cinema (e o cinema brasileiro é um exemplo) a fundação de verdadeiras novas escolas estéticas. Isto constitui um traço de uma época.
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