O objetivo deste trabalho foi analisar e comparar o padrão cinemático do membro de suporte no chute realizado com os membros dominante e não dominante com o dorso do pé empregado com força máxima e a bola em posição estacionária. Foram analisados sete participantes destros do sexo masculino com idade entre 13 e 14 anos. Cada participante realizou cinco chutes com cada membro, a 10 m do gol (tiro livre) e com o objetivo de acertar um alvo de 1m2. Eles foram filmados por quatro câmeras digitais e estavam com marcadores passivos colocados nas articulações de interesse dos membros inferiores. Após a filmagem dos chutes ocorreu à passagem das imagens para o computador, sendo realizado a medição, calibração e reconstrução tridimensional pelo software DVIDEOW. Os arquivos extraídos deste programa foram suavizados através da função LOESS e realizado a projeção estereográfica para a visualização no plano dos movimentos dos participantes nos chutes. Em seguida, foi calculada uma curva média (padrão cinemático) para cada segmento dominante e não dominante de suporte dos participantes, ficando com apenas uma curva representando cada segmento. Para o desempenho, foram analisados os acertos e erros do alvo. Os resultados apresentaram melhores desempenhos com o membro dominante (28,5% de acertos no alvo) do que com o membro não dominante (5,7% de acertos no alvo). Na análise visual do movimento entre os segmentos de suporte, a perna e o pé dominante e não dominante mostraram padrão cinemático semelhante, apresentando diferenças apenas na coxa. Concluiu-se que as diferenças entre o membro de suporte dominante e não dominante estão na coxa e que o membro dominante tem melhor desempenho que o membro não dominante.
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