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Resumen de Treinamento resistido de oito semanas melhora a aptidão física mas não altera o perfil lipídico de indivíduos hipercolesterolêmicos.

Maysa Vieira Sousa, Luiz Gustavo da Mata Silva, Herbert Gustavo Simões, Juliano Rodrigues Moreno, Carmen Silvia Grubert Campbell, Matheus Elias Pacheco

  • Diversos estudos têm demonstrado que exercícios aeróbios são eficazes na redução da colesterolemia. Contudo, poucos estudos tem investigado os efeitos de exercícios com características anaeróbias, como os exercícios resistidos, sobre o perfil lipídico de indivíduos hipercolesterolêmicos. Os objetivos do presente estudo foram investigar os efeitos de oito semanas de treinamento resistido sobre o perfil lipídico, composição corporal e força máxima de indivíduos hipercolesterolêmicos. Indivíduos sedentários e hipercolesterolêmicos (n=12; 54,8 + 10,9 anos; 65,1 + 12,4 kg; 24,6 + 5,6 kg/m²; 163 + 8 cm e colesterol total (CT) de 233,9 + 31,9 mg.dl-1) foram divididos em 2 grupos. O Grupo 1 (G1, n=7) realizou, durante oito semanas, 3 sessões semanais de exercícios resistidos, sendo 3 séries de 20 repetições com 40% de uma repetição máxima, utilizando-se de 12 exercícios diferentes, com pausa de 45 segundos entre as séries de exercícios. O Grupo 2 (G2, n=5) não realizou treinamento e serviu como controle durante o período estudado. Os níveis plasmáticos de CT, HDL, LDL, VLDL e triglicérides (TG), além da composição corporal e nível de força (kg) foram mensurados antes e após o período estudado. Os dados referentes à ingestão calórica total diária (kcal/dia) e a distribuição nutricional (% de carboidratos, lipídios e proteínas na dieta) foram mensurados em todos participantes a partir de inquérito alimentar. Teste t-student foi utilizado para comparar os resultados obtidos antes e após tratamento. Não foram observadas diferenças significativas pré/pós treinamento resistido para as concentrações plasmáticas (mg.dl-1) de CT (230,43+25,57 / 230,29+47,02), HDL (64,0+21,34 / 57,29+16,08), LDL (139,0+18,72 / 145,86+51,07), VLDL (27,43+23,83 / 27,14+13,56) e TG (128,71+121,47 / 127,14+69,06) para G1. Similarmente, para G2 também não foram verificadas diferenças pré/pós período estudado para os valores de CT (238,8+42,2 / 240,8+53,1), HDL (38,6+6,3 / 42,4+6,3), LDL (168,8+46,1 / 161,6+54,5), VLDL (31,4+11,4 / 33,8+ 8,8) e TG (156,6+56,0 / 170,8+42,1). Foi observado um aumento significativo (p<0,05) da massa magra para G1 e um ganho médio de 16,3% na força máxima (p<0,01), sendo que o mesmo não ocorreu para G2. Não foram verificadas diferenças significantes entre G1 e G2 na quantidade de Kcal/dia ingeridas (1915,2+795,3 vs 1742,6+454,6 Kcal/dia), bem como na porcentagem de Kcal provenientes de carboidratos (58,6+8,2 vs 59,8+9,8 %), lipídios (27,6+8,0 vs 26,0+9,1 %) e proteínas (13,8+1,2 vs 13,6+2,0 %). Concluímos que apesar do aumento da massa magra e força observados no G1, o programa de exercício resistido utilizado no presente estudo não resultou em alteração no perfil lipídico dos participantes. Estudos adicionais devem ser realizados investigando-se os efeitos de diferentes intensidades, volumes e duração dos programas de treinamento resistido, bem como os possíveis efeitos da associação destes com exercícios aeróbios sobre o perfil lipídico de indivíduos hipercolesterolêmicos.


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