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Modernidade frente ao mar: As duas praias

  • Autores: Maria Manuel Oliveira
  • Localización: La modernidad marítima: arquitecturas e infraestructuras del paisaje litoral, 1925-1975 : Actas XIII Congreso Docomomo Ibérico ,A Coruña, 22-26 de octubre de 2025 / coord. por Fundación Docomomo ibérico, 2025, ISBN 978-84-09-77104-2, págs. 288-299
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • Confirmando o que se prenunciava desde que a ferrovia abriu a possibilidade de deslocação emgrande escala, o século XX assistiu a “uma brusca mutação das figuras e dos usos do tempo livre”.Às exclusivas e aristocratas estâncias de vilegiatura e ao turismo balnear higienista ou terapêuticosucedeu-se a “indústria do divertimento e moral do prazer” (Corbin, 2001:7), num deslizamentoconcetual que superou (também) as objeções moralistas à ocupação não-produtiva do tempo. Como renovado e crescente interesse pelo sol, areia e mar, a frente marítima somou à sua dimensãopiscatória a banalização do prazer vivencial. O palace hotel e as mansões, com todo o seu aparatorepresentativo, foram sendo circunscritos ou substituídos por outras molduras urbanas e assistiu--se à abundante ‘descoberta’ de lugares em que se revelou a sedução da natureza e do vernacular.“Na verdade, o apelo a uma arquitectura moderna, da era das máquinas, foi um apelo aolazer” (Wigley, 2023:91), dando mote à progressiva “transformação do viajante em turista, [em que]a massificação das práticas foi acompanhada pelo arranjo dos espaços” (Corbin, 2001:91). Estadeslocação de perspetiva e a intensificação da colonização humana da orla marítima ocorreu emsimultâneo com a afirmação do Movimento Moderno, tendo-se revelado um inspirador campo deensaio. Na sua transversalidade geográfica e social, o descobrimento do mar realçava o projetomoderno: “O maquinismo criou o lazer. A organização do lazer é hoje o dever da autoridade. Ourbanismo moderno não pode operar sem o binómio: habitação e lazer.” (Le Corbusier, 1938; apudWigley, 2023:93). Sob o signo dessa poderosa entidade paisagística, todas as escalas foram abordadase redesenhadas em função de programas permeados por um profundo sentido hedonista.Nesse processo —entre o frenesi mundano e o silêncio contemplativo— o domínio visual sobre omar e a linha do horizonte, mas também o fácil acesso à praia e o seu controle territorial, adquiriramextraordinário valor económico e simbólico.


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