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Cerâmicas e vidros da época romana nas colecções do Museu Municipal de Penamacor

  • Autores: André Gadanho, Raquel Guimarães
  • Localización: Atas do II Colóquio de Arqueologia e História do Concelho de Penamacor: 40 anos depois. Ciências e Territórios em mudança / coord. por Pedro Salvado, André Oliveirinha, Tiago Alves, 2023, ISBN 978-989-35103-3-9, págs. 91-100
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • Os materiais que aqui se apresentam fazem parte da exposição permanente do Museu Municipal de Penamacor. Estes têm tanto em intervenções arqueológicas, como em recolhas de superfície em diversos pontos do concelho de Penamacor, nomeadamente no Sítio do Atalho, Lameira Larga e Alto do Lameirão. A maior parte do espólio que aqui apresentamos é proveniente das escavações de emergência na Quinta da Arrochela, igualmente neste concelho, em meados da década de 80 do século passado, intervencionado após a identificação de tegulae estruturadas num caminho agrícola da propriedade.

      Esta intervenção pôs a descoberto duas estruturas tumulares – uma rectangular e outra quadrangular – e um possível local de cremação (ustrinum), evidenciando o carácter funerário deste espaço . A estrutura rectangular (designada então de G.5.1), era delimitada por fiadas de tegulae empilhadas, com fundo em laterae, e nichos dispostos em três das suas paredes interiores. Estava ainda encimada por lajes de xisto. A sepultura quadrangular (G.5.3), contígua à anterior e de menores dimensões, era também constituída por fiadas de tegulae, e seria mais recente que a rectangular. Esta tipologia de sepulturas é frequentemente associada ao ritual de inumação, mas a recuperação de restos de cinzas e ossos carbonizados dentro de um dos nichos aponta para que esta tenha sido utilizada como sepultamento de pelo menos um indivíduo, com recurso ao ritual de cremação01.

      Não há paralelos regionais para este tipo de sepultura de incineração, verificando-se, no entanto, algumas estruturas funerárias que podem, pelo menos em termos formais, ser associadas à sepultura da Quinta da Arrochela. Destacamos dois potenciais paralelos exumados na cidade romana da Ammaia (Marvão) – uma estrutura composta por três fiadas de laterae cuja cobertura, com os mesmos materiais, se encontrava perturbada, onde um estrato composto por cinzas e pregos evidencia o seu carácter também de incineração. Uma outra estrutura, escavada no mesmo local em inícios do século XX por Leite de Vasconcelos, é descrita como tendo “forma rectangular, construída com fiadas de tijolos sobrepostos e com uma espécie de prateleiras ou nichos colocados em volta das paredes”. Pela descrição fornecida, poderá ter sido utilizada como sepultamento de restos humanos incinerados, dada a presença de cinzas, carvões e alguns pregos de ferro, terra queimada e fragmentos cerâmicos


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