Resumen de Há uma herança queer entre nós: na sauna com Thomas Waugh
Ribamar José de Oliveira Junior (entrev.)
, Thomas Waugh (entrevistado)
Era começo do verão canadense quando desembarquei em Toronto para cursar o período sanduíche, durante o doutorado, na York University (YorkU). Nas duas primeiras semanas, fiquei hospedado na casa do meu supervisor, o diretor de cinema John Greyson, que, antes de viajar, me avisou que deixaria uma chave em um envelope com meu nome na sua caixa de correios na Shaw St. Durante aqueles dias, estive cercado de filmes, livros e nomes de ruas em que possivelmente moraria pelos próximos seis meses, mas o que me chamou atenção naquelas tardes, em que explorava o escritório dele com as cabeças de pinguim1, a primeira edição do seu livro Urinal (1993) e a vista da janela para a CN Tower, foi encontrar todos os livros de Thomas Waugh nas estantes. Trago essa lembrança dos livros porque, poucos meses antes de viajar, meu orientador no doutorado em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denilson Lopes, havia me emprestado o exemplar dele de Hard to imagine: gay male eroticism in photography and film from their beginnings to Stonewall (1996). Comecei a folhear aqueles livros de Thom e decidi escrever um e-mail para ele, falando que estava no Canadá, sendo orientado por Denilson e John, pois naquele momento pensei que poderia ir a Montreal entrevistá-lo.
