Este artigo tem por objetivo questionar as representações de gênero difundidas nas comemorações do 31 de março de 1964, data do golpe de Estado responsável pela implementação da ditadura militar brasileira. O interesse consiste em investigar os usos políticos, efetuados pela ditadura, com relação à imagem das mulheres pertencentes às entidades cívicas femininas anticomunistas e ao evento das Marchas da Família com Deus pela Liberdade. Busco sustentar que a ditadura produziu representações de gênero ambíguas, ora reforçando estereótipos de domesticidade e ora colocando essas mulheres em posição de destaque nos eventos que culminaram no golpe.
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