Anaïs Quiroga Carrillo, María del Mar Lorenzo Moledo
La violencia de género es un fenómeno que tiene una especial incidencia entre la población penitenciaria femenina. La literatura científica ha demostrado que las experiencias adversas en la infancia y la victimización en la adultez son dos de los principales catalizadores de la delincuencia femenina. En este estudio, que sigue un diseño cuantitativo, no experimental y descriptivo, identificamos la incidencia de violencia de género en una muestra de 376 mujeres reclusas en España y analizamos su relación con diversas variables sociodemográficas y de su perfil criminológico. Para ello, empleamos datos cuantitativos extraídos de varias preguntas de un cuestionario diseñado para mujeres internas en centros penitenciarios. Los resultados apuntan a un alto porcentaje de mujeres que han sido víctimas por parte de sus parejas y a asociaciones significativas entre esta variable y el nivel de estudios, el acogimiento familiar siendo menor, los problemas de salud por toxicomanías, el tipo de delito por la que entraron en prisión y haber sufrido maltrato infantil. Concluimos con la necesidad de ampliar la literatura disponible en este ámbito de estudio en España y de incorporar la perspectiva de género en la práctica penitenciaria, promoviendo el desarrollo de programas socioeducativos específicos para las internas que aborden la relación entre victimización, trauma y consumo de drogas. La implementación de estas estrategias no solo facilitaría la atención integral de las mujeres privadas de libertad, sino que también contribuiría a sus procesos de reinserción social y a la reducción de futuras revictimizaciones.
Gender-based violence is a phenomenon with a significant incidence among the female prison population. Scientific literature has demonstrated that adverse childhood experiences and victimization in adulthood are two of the main catalysts for female delinquency. This study, which follows a quantitative, non-experimental, and descriptive design, aims to identify the prevalence of gender-based violence in a sample of 376 incarcerated women in Spain and to analyze its relationship with various sociodemographic and criminological variables. To this end, we used quantitative data obtained from multiple questions of a questionnaire designed for women inmates in prison. The results indicate a high percentage of women who have been victimized by their partners, as well as significant associations between this variable and their educational level, having been in foster care as minors, substance use-related health issues, the type of offense for which they were incarcerated, and having suffered child maltreatment. We conclude with the need to expand the available literature on this issue in Spain and to incorporate a gender-sensitive approach in prison practices, promoting the development of specific socio-educational programs for female inmates that address the interplay between victimization, trauma, and substance abuse. Implementing such strategies would not only facilitate the comprehensive care of incarcerated women but also contribute to their social reintegration processes and reduce the risk of future revictimizations.
A violência de gênero é um fenómeno particularmente frequente na população prisional feminina. A literatura científica tem demonstrado que as experiências adversas na infância e a vitimização na idade adulta são dois dos principais catalisadores da delinquência feminina. Neste estudo, que segue um desenho quantitativo, não experimental e descritivo, identificamos a incidência da violência de gênero numa amostra de 376 reclusas em Espanha e analisamos a sua relação com diversas variáveis sociodemográficas e com o seu perfil criminológico. Para isso, utilizamos dados quantitativos extraídos de várias perguntas de um questionário desenhado para as mulheres reclusas nas prisões. Os resultados apontam para uma elevada percentagem de mulheres que foram vítimas dos seus parceiros e para associações significativas entre esta variável e o nível de escolaridade, o acolhimento em regime de menoridade, os problemas de saúde devido à toxicodependência, o tipo de crime pelo qual entraram na prisão e o facto de terem sofrido maus tratos na infância. Concluímos com a necessidade de ampliar a literatura disponível neste campo de estudo em Espanha e de incorporar a perspetiva de gênero na prática prisional, promovendo o desenvolvimento de programas socioeducativos específicos para as internas que aborden a relação entre a vitimização, o trauma e o consumo de drogas. A implementação dessas estratégias não apenas facilitaria o atendimento integral das mulheres privadas de liberdade, mas também contribuiria para seus processos de reinserção social e para a redução do risco de revitimização futura.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados