Inés Martín Cruz, Javier Rodríguez Torres, Laura Martín Martínez, Laura Corrales Castaño
El creciente número de alumnos con Trastorno del Espectro Autista (TEA) representa un reto significativo para el sistema educativo, que debe adaptarse para garantizar una escolarización inclusiva y de calidad, en línea con el Objetivo de Desarrollo Sostenible 4 de la Agenda 2030. En este contexto surgen los centros preferentes y/o aulas TEA, definidos como espacios ordinarios dotados de recursos específicos orientados a generar entornos estructurados, predecibles y anticipables para favorecer el aprendizaje y el bienestar del alumnado con TEA. Este estudio tiene por objetivo analizar y comparar la legislación vigente sobre este tipo de escolarización de 14 comunidades autónomas y las dos ciudades autónomas, llevando a cabo una revisión sistemática de documentos normativos con un enfoque metodológico mixto. La comparación se basó en categorías extraídas del estudio de Torre y Martín, tales como la terminología empleada, la ratio de alumnos por aula, el perfil del alumnado atendido, los recursos personales disponibles, la organización espaciotemporal y la presencia de esta modalidad en los documentos institucionales del centro. Los resultados evidencian diferencias significativas entre las distintas normativas autonómicas, reflejando una falta de coordinación a nivel estatal en cuanto a la intervención con este tipo de alumnado. Esta heterogeneidad afecta tanto a la denominación como a la implementación de las aulas TEA, y se traduce en instrucciones poco claras respecto a aspectos clave como la metodología, la organización horaria y la articulación con el aula de referencia. Estas carencias normativas tienen importantes repercusiones en la práctica educativa, generando desigualdades en la calidad de la atención que recibe el alumnado con TEA en función del territorio en el que se escolariza. Se pone así de manifiesto la necesidad urgente de establecer criterios comunes y orientaciones más precisas que garanticen una atención educativa equitativa y coherente en todo el país.
The growing number of students with Autism Spectrum Disorder (ASD) poses a significant challenge for the education system, which must adapt to ensure inclusive and high-quality schooling, in line with Sustainable Development Goal 4 of the 2030 Agenda. In this context, preferential centers and/or ASD classrooms have emerged, defined as mainstream educational settings equipped with specific resources aimed at creating structured, predictable, and anticipatory environments to support the learning and well-being of students with ASD. This study aims to analyze and compare the current legislation regarding this type of educational provision in fourteen autonomous communities and the two autonomous cities of Spain, through a systematic review of regulatory documents using a mixed-methods approach. The comparison was based on categories drawn from Torre and Martin’s study, including the terminology used, student-teacher ratios, student profiles, available staff resources, spatiotemporal organization, and the presence of this educational model in the institutional documents of the schools. The results reveal significant differences among the various regional regulations, highlighting a lack of nationwide coordination in the approach to educating students with ASD. This heterogeneity affects both the naming and the implementation of ASD classrooms and leads to unclear guidance on key aspects such as methodology, scheduling, and coordination with mainstream classrooms. These normative shortcomings have serious implications for educational practice, creating inequalities in the quality of support received by students with ASD depending on their region of schooling. This underscores the urgent need to establish common criteria and clearer guidelines to ensure equitable and coherent educational support across the country.
O crescente número de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) representa um desafio significativo para o sistema educacional, que deve se adaptar para garantir uma escolarização inclusiva e de qualidade, em conformidade com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 da Agenda 2030. Nesse contexto, surgem os centros preferenciais e/ou salas TEA, definidos como espaços regulares dotados de recursos específicos voltados para a criação de ambientes estruturados, previsíveis e antecipáveis, a fim de favorecer a aprendizagem e o bem-estar dos alunos com TEA. Este estudo tem como objetivo analisar e comparar a legislação vigente sobre esse tipo de escolarização em 14 comunidades autônomas e nas duas cidades autônomas, realizando uma revisão sistemática de documentos normativos com uma abordagem metodológica mista. A comparação baseou-se em categorias extraídas do estudo de Torre e Martín, tais como a terminologia utilizada, a proporção de alunos por sala, o perfil do alunado atendido, os recursos humanos disponíveis, a organização espaço-temporal e a presença dessa modalidade nos documentos institucionais da escola. Os resultados evidenciam diferenças significativas entre as diversas normativas regionais, refletindo uma falta de coordenação em nível estatal no que se refere à intervenção com esse tipo de alunado. Essa heterogeneidade afeta tanto a denominação quanto a implementação das salas TEA, e se traduz em orientações pouco claras em relação a aspectos-chave como a metodologia, a organização do horário e a articulação com a sala de referência. Essas lacunas normativas têm repercussões importantes na prática educativa, gerando desigualdades na qualidade do atendimento que os alunos com TEA recebem, dependendo do território em que estão escolarizados. Evidencia-se, assim, a necessidade urgente de estabelecer critérios comuns e diretrizes mais precisas que garantam um atendimento educacional equitativo e coerente em todo o país.
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