Esta comunicação objetiva refletir acerca da pluralidade de instrumentos de avaliação que se propõem avaliar o pensamento crítico e apresentar um modelo que integre a perspetiva da psicologia.
À semelhança do que acontece em termos de conceptualização, também a avaliação não reúne consenso, encontrando-se instrumentos com características e formatos diferentes. Mediante o seu objetivo de avaliação estes podem ser de dois tipos: os que vão de encontro a mais do que uma competência de pensamento crítico, e aqueles que se dirigem a uma competência específica.
Para além das diferenças nos respetivos objetivos, os vários instrumentos podem diferir quanto à sua forma, isto é, com apresentação de questões tipo escolha múltipla, com questões que requerem resposta aberta ou ainda uma combinação entre estes dois estilos. Em Portugal, têm sido desenvolvidos estudos para adaptação e utilização de vários instrumentos de avaliação do pensamento crítico, porém, não se encontra ainda nenhum que se proponha avaliar de forma compreensiva o pensamento crítico junto de alunos do ensino básico, havendo apenas provas que se ficam pelo formato de escolhamúltipla.
Impõem-se assim a necessidade de se proceder à elaboração de uma bateria que reúna testes com questões e desafios específicos cujo objetivo seja avaliar cada uma destas competências, podendo estas ser apresentadas sob a forma de escolha múltipla, facilitando a correção e a própria resposta. Essa bateria deveria ainda ser constituída por testes cujos propósitos sejam avaliar e valorizar a leitura e interpretação das questões e problemas apresentados, com solicitação de respostas alargadas, onde exponham as suas opiniões e argumentos que as sustentem. Apesar de requerer um trabalho de correção mais moroso e menos objetivo, tem como vantagens o conhecimento abrangente que dará acerca destas competências, funcionando como bom indicador das atitudes e comportamentos que poderá apresentar em situações reais
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