It is not rare that arquitecture opens up to dialog with literature, like it is clearly noticed with the appropriation that some writers have done with it. Such as with Paul Valery’s and João Cabral de Melo Neto’s with their recriation of Amphion’s myth. The anglo-portuguese writer Gonçalo M. Tavares argues on two essays, Arquitetura, natureza e amor and A estranha casa do senhor Walser, an approximation of the duties of a writer and of an arquitect. The purpose of this essay is to demonstrate how Gonçalo M. Tavares’ approach reflects on his body of work which is based on the search of the material aspect of language. More especifically on the poems that compose his book entitled 1, a body of work which attempts to articulate ideas with the “emotional lucidity” of Roland Barthes and the “motion” of Georges Didi-Huberman.
A arquitetura não raro se empresta a um diálogo com a literatura, como vemos na apropriação que dela já fizeram alguns escritores, como Paul Valéry e João Cabral de Melo Neto, a partir de uma recriação do mito de Anfion. O escritor angolano-português Gonçalo M. Tavares propõe, através de dois textos, Arquitetura, natureza e amor e A estranha casa do senhor Walser, uma aproximação entre o ofício do escritor e o do arquiteto. O objetivo deste artigo é o de mostrar como a proposição de Gonçalo M. Tavares em torno desta aproximação poderia se refletir numa poética baseada na busca de um caráter material da linguagem, mais especificamente nos poemas que compõem o seu livro intitulado 1, poética a qual se tentará articular as ideias de uma “lucidez emotiva” de Roland Barthes e a de “moção” de Georges Didi-Huberman.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados