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Resumen de Derecho a la renta básica universal y estado social: Un análisis de Derecho Constitucional Comparado entre España y Brasil

Thiago Santos Rocha

  • español

    La presente tesis analiza la posibilidad de introducir un derecho a la renta básica universal en los sistemas jurídicos español y brasileño, desde una perspectiva de Derecho Constitucional Comparado y con referencia al paradigma del Estado de social. Dado que la esencia de este paradigma reside en el mandato del Estado de intervenir en la sociedad para garantizar la libertad y la igualdad reales, no debe confundirse con las estructuras utilizadas para ello. Estas deben estar vinculadas a su materialidad histórica, adaptándose para evitar o combatir las situaciones que niegan la igual libertad de los individuos en la posición de ejercicio de sus derechos fundamentales. Este mandato está presente, con sus debidos matices, tanto en la Constitución Española de 1978 como en la Constitución de Brasil de 1988. En ambos casos, en la medida en que la implementación (estructura) no se confunde con el paradigma (mandato) del Estado social, la eficacia de la primera puede analizarse a partir del contenido del segundo. En cuanto a la protección social destinada a la garantía de ingresos, los dos Estados analizados siguen una fórmula general similar, con la remuneración del trabajo como eje principal. Esta centralidad del empleo es especialmente preocupante por la ausencia de puestos de trabajo suficientes, en términos cuantitativos y cualitativos, para garantizar una vida digna a toda la población que necesita vender su mano de obra en el mercado laboral. En ambos países, aunque en distintos grados, se observan el desempleo estructural, la precariedad de los empleos disponibles y el fenómeno de los individuos trabajadores pobres, por lo que la actual estructura de protección social no es capaz, ni en abstracto ni en concreto, de cumplir los aspectos mínimos de los objetivos que el paradigma del Estado social asigna a los poderes públicos. Las perspectivas de futuro tampoco son alentadoras, en gran parte debido al creciente impacto de la economía digital. Como alternativa, para superar el déficit de efectividad del paradigma del Estado de social, la investigación considera la introducción de un derecho a una renta básica, una prestación económica, regular, individual, universal e incondicional, en una cantidad al menos suficiente para garantizar el mínimo vital. Esta configuración permite identificar en la renta básica una función de garantía del sistema de derechos fundamentales, ya que funciona como una estructura permanente de emancipación de las personas, que pretende asegurar, con carácter previo a la situación de necesidad, las condiciones materiales mínimas para el ejercicio de sus derechos. En ambos casos, la renta básica se presenta como una herramienta en consonancia con los principios del Estado social y orientada hacia los mismos objetivos, de modo que, aunque sustituya algunas de las medidas existentes, al oponerse a ellas, no suplanta, sino que profundiza, el paradigma del Estado social. Su introducción por vía infraconstitucional sería legalmente posible, sin exigir la alteración del texto constitucional. Sin embargo, dejarlo bajo el amplio margen de configuración del Poder Legislativo no sería una opción coherente con la relevante función que se le atribuye en la reformulación de la estructura protectora del Estado social, como garantía transversal al sistema de derechos fundamentales. Se propone crear un derecho fundamental a la renta básica, con carácter autónomo respecto a los demás derechos, mediante un enunciado que haga indisponible el carácter monetario, regular y suficiente de la prestación, así como la individualidad, universalidad e incondicionalidad del derecho ante la acción de los poderes públicos. Este derecho debe tener el mayor grado de efectividad y las más amplias medidas de protección que cada Constitución otorga a los derechos fundamentales.

  • português

    A presente tese analisa a possiblidade de introdução de um direito à renda básica universal nos ordenamentos jurídicos espanhol e brasileiro, desde uma perspectiva de Direito Constitucional Comparado e tendo por referência o paradigma do Estado social. Uma vez que a essência de tal paradigma está no mandato de intervenção do Estado na sociedade para assegurar a liberdade e a igualdade reais, ele não se confunde com as estruturas utilizadas para tanto. Estas devem vincular-se à sua materialidade histórica, adaptando-se para evitar ou combater as situações que negam a igual liberdade dos indivíduos na posição de exercício de seus direitos fundamentais. Referido mandato está presente, com os devidos matizes, tanto na Constituição Espanhola de 1978, quanto na Constituição do Brasil de 1988. Em ambos os casos, na medida em que a implementação (estrutura) não se confunde com o paradigma (mandato) do Estado social, a efetividade daquela é passível de análise a partir do conteúdo deste. No que se refere ao segmento da proteção social destinada à garantia de renda, os dois Estados analisados seguem uma fórmula geral semelhante, tendo a remuneração do trabalho por principal eixo. Esta centralidade do emprego demonstra-se especialmente preocupante ante a não existência de postos de trabalho suficientes, em termos quantitativos e qualitativos, para assegurar a vida digna a toda a população que necessita vender sua mão de obra no mercado laboral. Em ambos os países, ainda que em distintos graus, se observam o desemprego estrutural, a precariedade dos postos de trabalho disponíveis e o fenômeno dos indivíduos trabalhadores pobres, de modo que a estrutura vigente de proteção social não se apresenta, abstrata ou concretamente, apta a cumprir aspectos mínimos dos objetivos constitucionalmente assignados pelo paradigma do Estado social aos poderes públicos. As perspectivas para o futuro tampouco são animadoras, em grande parte devido aos crescentes impactos da economia digital. Como alternativa, com vistas a suprir o déficit de efetividade do paradigma do Estado social, a pesquisa considera a introdução de um direito à renda básica, uma prestação econômica, regular, individual, universal, incondicional e em quantia ao menos suficiente para assegurar o mínimo vital. Esta configuração permite identificar na renda básica uma função de garantia do sistema de direitos fundamentais, uma vez que funciona como uma estrutura permanente de emancipação das pessoas, que visa assegurar, com caráter anterior à situação de necessidade, as condições materiais mínimas para o exercício de seus direitos. Em ambos os casos, a renda básica se apresenta como uma ferramenta em linha com os princípios do Estado social, e orientada aos seus mesmos objetivos, de modo que ainda que ela substitua algumas das medidas existentes, por antepor-se a elas, não suplanta, mas sim aprofunda, o paradigma do Estado social. Sua introdução pela via infraconstitucional seria juridicamente possível, sem demandar alteração do texto constitucional. Entretanto, deixar-lhe sob a ampla margem de configuração do Poder Legislativo não seria uma opção coerente com a relevante função que se lhe atribui na reformulação da estrutura protetiva do Estado social, como uma garantia transversal ao sistema de direitos fundamentais. Propõe-se a criação do direito fundamental à renda básica, com caráter autônomo em relação aos demais direitos, por meio de um enunciado que torne indisponível ante a ação dos poderes públicos a natureza monetária, regular e suficiente da prestação, bem como a individualidade, universalidade e incondicionalidade do direito. Tal direito deve contar com o mais alto grau de eficácia e as mais amplas medidas de proteção que cada Constituição confira aos direitos fundamentais

  • English

    This thesis analyses the possibility of introducing a right to a universal basic income in the Spanish and Brazilian legal systems, from a Comparative Constitutional Law perspective and with reference to the social State paradigm. Given that the essence of this paradigm lies in the State's mandate to intervene in society to guarantee real freedom and equality, it should not be confused with the structures used for this purpose. These must be linked to their historical materiality, adapting themselves to avoid or withstand situations that deny the equal freedom of individuals in the position of exercising their fundamental rights. This mandate is present, with all its subtle variations, in both the Spanish Constitution of 1978 and the Brazilian Constitution of 1988. In both cases, insofar as the implementation (structure) is not confused with the paradigm (mandate) of the social State, the effectiveness of the former can be analysed on the basis of the content of the latter. In terms of social protection aimed at guaranteeing income, the two analysed States follow a similar general formula, with the remuneration of labour as the main focus. This centrality of employment is particularly worrying due to the lack of sufficient jobs, in quantitative and qualitative terms, to guarantee a decent life for the entire population that have to sell their work on the labour market. In both countries, although to varying degrees, structural unemployment, the precariousness of available jobs and the phenomenon of working poor individuals can be observed, so that the current structure of social protection is not capable, either in abstract or in concrete terms, of fulfilling the minimum aspects of the objectives that the paradigm of the social State assigns to the public authorities. The prospects for the future are not encouraging either, largely due to the growing impact of the digital economy. As an alternative, to overcome the lack of effectiveness of the social State paradigm, the research considers the introduction of a right to a basic income, a regular, individual, universal and unconditional economic payment, in an amount at least sufficient to guarantee a vital minimum. This configuration makes it possible to identify in the basic income a function of guaranteeing the system of fundamental rights, since it functions as a permanent structure for the emancipation of people, which aims to ensure, prior to the situation of need, the minimum material conditions for the exercise of their rights. In both cases, basic income is presented as a tool in line with the principles of the social State and oriented towards the same objectives, so that, although it replaces some of the existing measures, by opposing them, it does not replace, but rather deepens, the paradigm of the social State. Its introduction by infra-constitutional means would be legally possible, without requiring the alteration of the constitutional text. However, leaving it under the broad margin of configuration of the Legislative Branch would not be a coherent option with the relevant function attributed to it in the reformulation of the protective structure of the social State, as a transversal guarantee to the system of fundamental rights. The proposal is to create a fundamental right to a basic income, autonomous from other rights, by means of a statement that makes the monetary, regular and sufficient nature of the payment, as well as the individuality, universality and unconditionality of the right unavailable in the face of the action of the public authorities. This right must have the highest degree of efficacy and the broadest measures of protection that each Constitution grants to fundamental rights.


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