A comunicação pretende discutir a relação entre o rendimento do adulto equivalente e os níveis de privação em termos de estilo de vida, focando em particular a população idosa portuguesa. Toma-se como ponto de partida um conjunto de estudos que têm sido desenvolvidos em vários países Europeus, os quais têm demonstrado que as relações entre rendimento e privação são mais fracas do que se poderia supor , implicando isso que as tradicionais linhas de pobreza podem ter uma performance relativamente limitada na identificação dos agregados familiares com mais dificuldades em concretizar um estilo de vida aceitável segundo os padrões das sociedades modernas. A comunicação procura explorar esta relação na população idosa portuguesa, analisando dados provenientes do Painel dos Agregados da Comunidade Europeia, para o ano 2000. Num primeiro momento procede-se à análise de privação, procurando identificar diferentes dimensões de privação e medindo a relevância de cada dimensão nos agregados familiares dos idosos. Num segundo momento, procura-se analisar a correlação entre níveis de privação e rendimentos, derivando-se dos resultados da análise algumas implicações no que diz respeito aos instrumentos de medição de pobreza entre os idosos portugueses.
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