Pode um ser omnipotente limitar a sua omnipotência? Por definição, sim: pode tudo. Mas, se a limita irreversivelmente, não deixa de ser omnipotente? Não será que essa perda superveniente lhe compromete a omnipotência como característica? Suponhamos que uma restrição lógica afastava da omnipotência o "meta-poder" que facultaria a sua perda: não se daria o caso, então, de a preservação da omnipotência nesse segundo momento ser obtida à custa de um compromisso limitador (faustiano) no primeiro? Deveríamos nós recuar para a asserção de que não há uma omnipotência intemporal?
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