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A arte como desenvolvimento espiritual: A linguagem abstrata de Rui Chafes

    1. [1] Universidade de Évora

      Universidade de Évora

      Senhora da Saúde, Portugal

  • Localización: e-Letras Com Vida: Revista de Estudos Globais: Humanidades, Ciências e Artes, ISSN-e 2184-4097, Nº. 6, 2021 (Ejemplar dedicado a: Rethinking the History of Assistance and Health in Portugal (12th- 20th centuries)), págs. 101-116
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Art as spiritual development: the abstract language of Rui Chafes
  • Enlaces
  • Resumen
    • Hoje, a arte parece efémera, um pouco como a esperança. O diferente, o provocatório, o feio acomodaram o nosso quotidiano, o nosso olhar e o nosso coração. Aceitar e acolher, alargar as fronteiras, questionar valores e princípios tornaram-se fecundos caminhos de abertura à pluralidade e à riqueza da existência humana. Embora possam também convir a formas de banalização da verdade. No entanto, o espanto e a esperança são as sementes da vida e da arte; são sementes de diálogo na relacional condição humana. Este artigo reflete sobre o insubstituível papel da arte e dos artistas na sociedade e na cultura atual, tal como o foi em épocas passadas. Para isso, recorremos a textos e obras plásticas de três artistas renascentistas e modernos. Selecionámos trabalhos de Francisco de Holanda, de Amadeo de Sousa Cardozo e de Rui Chafes, por inúmeras razões: embora 500 anos medeiem a vida destes homens, todos são artistas independentes e indomáveis, de fortes convicções e valores (éticos e estéticos); trilham caminhos inovadores e autênticos; as suas obras são resultado de uma elaborada reflexão teórica, que enunciam; vivem fortes tempos de mudança, que os obrigam a acelerar processos de maturação interior e a ensaiar novas formas de linguagem e de estética. Social e culturalmente, não têm grande reconhecimento no seu país; vivem nas periferias do aceitável e da rebeldia, sem se proclamarem vedetas da diferença. Mas as suas obras foram escolhidas sobretudo porque são profundas, densas e misteriosas, poeticamente libertadoras. Trata-se de criações não realistas, abstratas, de limites indefinidos, que captam o âmago da totalidade: a vida, a morte e o para além. Mergulham nos abismos do tempo, da destruição, e do mal. Não escondem a precaridade da beleza, a carência de luz e de cor, a fragmentação da matéria e do espaço, em que, por vezes, o negro tudo absorve. Tornam-se criações eternas, pois a sua mensagem toca-nos, interpela-nos e obriga à reflexão e à ação, hoje como há 500 anos. São obras que nos enfrentam (pela sua força, autenticidade expressiva e inquietação), que nos fortalecem e impedem de recuar, humana e culturalmente, perante o banal estabelecido. São obras que fazem romper com os nossos horizontes, são obras que sondam o insondável: «Vejo um ramo de amendoeira» (Jeremias 1, 11). Revelam a verdade da arte, a eternidade da criação.


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