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Resumen de Para quem é a proteção ambiental? Disputas territoriais entre a Vale e comunidades camponesas: o caso da APA do Rio Gelado em Carajás (PA)

Fabio Henrique Gomes Pontes, Fabiano de Oliveira Bringel

  • português

    Desvendar a relação de poder assimétrica entre Neoextrativismo e o Campesinato na região mineradora de Carajás, é nesse viés em que consiste o esforço de pesquisa demonstrado, parcialmente, neste artigo. Destacamos para isso, ser necessário a relação entre a dimensão ambiental da Questão Agrária na Amazônia. No primeiro semestre de 2021 adentramos na Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado, APA do Gelado, localizada na Floresta Nacional de Carajás – FLONACA, no Sudeste do Pará, l0cus do nosso estudo. Para a coleta de dados, utilizamos documentos institucionais (IBAMA, ICMBio e Vale/SA). Contudo, a etapa principal da nossa pesquisa foi o trabalho de campo. Utilizamos como técnica de pesquisa, gravações de áudio e entrevistas semiestruturadas, a qual busca dialogar entre o momento da conquista da terra e a relação estabelecida entre a Vale e as famílias camponesas. Além disso, utilizamos fotografias para aproximar o leitor da realidade imagética de nossa pesquisa. Em outros momentos, o uso do diário de campo foi imprescindível. Percorremos os lotes dos colonos que ainda resistem no território. Discorremos sobre isso porque muitas famílias sofreram impactos profundos em seu modo de vida e de produção e, logicamente, em sua reprodução social camponesa. Barragens, vigilância e uso restrito ao território na APA são alguns dos elementos constrangedores às territorialidades dessas unidades familiares. Os dados nos induzem a problematizar a ação da prática mineradora, promovida principalmente pela Vale, que reforça as contradições próprias da sua atividade, causando problemas ambientais ao converter os bens comuns em uma lógica de acumulação permanente. Como consequência, intensifica-se os conflitos territoriais e, contraditoriamente, se abrem possibilidades para a permanência das famílias camponesas que têm resistido no território e construindo sua liberdade tecidas no trabalho diário com a terra.

  • English

    Our research efforts involve revealing the asymmetrical power relations between neo-extractivism and the peasantry in the mining region of Carajás, as demonstrated in part in this article. In the first semester of 2021, we entered the Carajás Environmental Protection Area FLONACA in the southeast of Pará, the main site of our study. We used institutional documents from IBAMA, ICMBio and Vale/SA to collect data. However, the principal phase of our research was fieldwork. Our research techniques included using 331 audio recordings and semi-structured interviews about the moment of winning land and about the relation between Vale and the peasant families. In addition, we used photography to bring the reader closer to the visual reality of our research. In other moments, the use of field notes was essential. We say this because many families suffered profound impacts to their livelihoods and their production and, logically, in their social reproduction as peasantry. Dams, security, and restrictions to land use in the environmental protection area are some of the elements constraining the territoriality of these family units. The data leads us to problematize the mining activity promoted primarily by Vale, which reinforces the very contradictions of its own activity, causing environmental problems upon converting common goods into a permanent logic of accumulation. As a result, territorial conflicts intensify and, paradoxically, possibilities to remain emerge for families who have resisted within the territory and built their freedom through daily labor with the land.


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