O estado actual dos conhecimentos sobre o movimento cooperativo em Portugalé ainda insuficiente, muito embora alguns trabalhos exploratórios venham a mitigar as tesesdominantes que sublinham a incipiência das experiências de cooperação agrícola em Portugal.Esta comunicação apresenta dados empíricos até hoje desconhecidos sobre a inéditaproliferação de cooperativas nos campos portugueses, durante e imediatamente após a IGrande Guerra. Com base no levantamento exaustivo dos alvarás e estatutos publicados noDiário do Governo, argumentar-se-á que estas instituições para a acção colectiva assumiramdois papeis significativos, durante um excepcional período de destabilização dos mercadosde abastecimentos: apoiaram com matérias-primas, instrumentos e crédito a intensificaçãoda exploração entre os pequenos proprietários e rendeiros e procuram canalizar os seus produtospara os mercados locais, combatendo assim a especulação e os açambarcamentosque vitimavam as comunidades rurais.
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