No dia 2 de setembro de 1802 naufragava, na costa de Moçambique, o Marialva, navio de carreira português, com o saldo de presumíveis 136 mortes. A tragédia foi tematizada por Tomás Antônio Gonzaga, degredado para a África por seu envolvimento com a Inconfidência Mineira, num épico dos quais restauram poucos fragmentos. Há relações possíveis entre o poema e seu contexto, mas sem cair na tentação de fazer desse épico um “retrato” da época. Isto é, os fatos históricos representados nessa obra têm uma autonomia decorrente do tratamento das convenções retóricas da época que caracterizam a composição desse épico. É o que o presente texto tenta demonstrar.
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