Cannabis sativa and pregnancy: a review

• Augusto Neves da Silva, Iran ^[1] ; Aparecida Souza Lima, Daiana ^[1] ; Gomes de Menezes Benevenuto, Sarah ^[1] ; Matera Veras, Mariana ^[1]
  1. [1] Universidade de São Paulo

     Universidade de São Paulo

     Brasil

     
• Localización: Biotemas, ISSN-e 2175-7925, Vol. 32, Nº. 2, 2019, págs. 1-11
• Idioma: inglés
• Títulos paralelos:
  • Cannabis sativa e gravidez: uma revisão
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• Resumen
  • English

    Cannabis sativa or marijuana is the most commonly used drug during pregnancy. Pregnancy is a period in which considerable physiological changes occur in the mother, and consequently, the fetus can be directly affected. Marijuana contains a range of medicinal or psychoactive components, the cannabinoids. The best known cannabinoid is tetrahydrocannabinol (Δ9-THC), a psychoactive drug capable of crossing the placental barrier and reaching the developing fetus. Chronic use of C. sativa in pregnancy may result in decreased uteroplacental perfusion, intrauterine growth restriction and behavioral disorders. Cannabinoids may cause some disorders in reproductive organs in users, which can harm the fetus. In one study, 4,000 pregnant women who used marijuana showed an increase in the incidence of pregnancy loss and low weight and small size for gestational age. In addition to low birth weight, the drug increases the risk of complications during childbirth and late cognitive development in infants. Many controversies revolve around the topic of C. sativa and its effects on human health, making it necessary to include the discussion of public policies on the release of the drug taking into account scientific evidence.

  • português

    Cannabis sativa, ou maconha, é a droga de abuso mais utilizada durante a gravidez. A gravidez é um período em que ocorrem mudanças fisiológicas consideráveis na mãe e, como resultado dessas mudanças, o feto pode ser diretamente afetado. A droga apresenta em sua composição uma gama de compostos químicos considerados medicinais ou psicoativos, os canabinoides. Um dos mais conhecidos é o tetrahidrocanabinol (Δ9-THC), componente psicoativo capaz de atravessar a barreira placentária, atingindo o feto em desenvolvimento. O uso crônico de C. sativa na gravidez pode resultar em diminuição da perfusão uteroplacentária, restrição do crescimento intra-uterino (RCIU) e distúrbios comportamentais nos fetos. Os canabinoides podem causar alguns distúrbios nos órgãos reprodutores dos usuários até atingir o feto. Em um estudo, 4.000 gestantes usuárias da droga apresentaram aumento na incidência de perdas gestacionais, conceptos com baixo peso e pequenos para a idade gestacional. Além do baixo peso nos neonatos, a droga aumenta o risco de complicações durante o parto e um desenvolvimento cognitivo tardio nos lactentes. Muitas controvérsias giram em torno do tema C. sativa e seus efeitos sobre a saúde, sendo necessário abranger a discussão de políticas públicas sobre a liberação do uso de drogas ilícitas levando em consideração evidências científicas.