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Revisitando as Décadas da Ásia: Algumas observações sobre o projecto historiográfico de João de Barros

  • Autores: Rui Manuel Loureiro
  • Localización: E-Spania: Revue électronique d'études hispaniques médiévales, ISSN-e 1951-6169, Nº. 30, 2018 (Ejemplar dedicado a: Quelle histoire globale au XVIe siècle ? / Fronteras de Ultramar)
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • português

      João de Barros trabalhou durante muitos anos na Casa da Índia, em Lisboa, o centro estratégico do império marítimo português. Aí recolheu informações valiosas sobre os mundos não-europeus, de capitães, soldados, pilotos, marinheiros, mercadores e missionários que regressavam a Portugal depois de um período mais ou menos longo de serviço ultramarino. Sendo também um humanista consumado, concebeu o projecto de escrever uma história global da expansão marítima portuguesa. Mas, sobrecarregado com os seus deveres oficiais, só conseguiu produzir a parte asiática de um vasto trabalho que deveria incluir também secções sobre a África e o Brasil. As suas primeiras três Décadas da Ásia foram publicadas em Lisboa entre 1552 e 1563, enquanto a Quarta Década permaneceu em manuscrito até 1615, ano em que foi impressa em Madrid, editada pelo cosmógrafo João Baptista Lavanha. Barros nunca visitou a Ásia, mas mesmo assim conseguiu reunir uma larga diversidade de materiais sobre seus interesses. Assim, as suas Décadas da Ásia incluíam não apenas um relato das acções militares e políticas dos portugueses, mas também informadas descrições da geografia e da história oriental. Barros, para além de entrevistar homens com experiência do terreno e coleccionar relatórios escritos em português, conseguiu também obter manuscritos orientais, que traduziu com auxílio de colaboradores vários vindos da Ásia.

    • français

      João de Barros a travaillé pendant de nombreuses années à la Casa da Índia à Lisbonne, le centre stratégique de l’empire maritime portugais. Là, il a recueilli des informations précieuses sur les mondes non européens, des capitaines, des soldats, des pilotes, des marins, des marchands et des missionnaires retournant au Portugal après une période plus ou moins longue de service outre-mer. Étant également un humaniste accompli, il a conçu le projet d’écrire une histoire globale de l’expansion maritime portugaise. Mais, surchargé par ses fonctions officielles, il ne pouvait produire que la partie asiatique d’un vaste travail qui devait également inclure des sections sur l’Afrique et le Brésil. Ses trois premières Décadas da Ásia furent publiées à Lisbonne entre 1552 et 1563, tandis que la Quarta Década demeura manuscrite jusqu’en 1615, année de son édition à Madrid, sous la direction du cosmographe João Baptista Lavanha. Barros n’a jamais visité l’Asie, mais a néanmoins réussi à rassembler une grande diversité de matériaux sur ses intérêts. Ainsi, ses Décadas da Ásia comprenaient non seulement un compte rendu des actions militaires et politiques des Portugais, mais aussi des descriptions éclairées de la géographie et de l’histoire de l’Orient. Barros, en plus d’interviewer des hommes ayant une expérience de terrain et de collecter des rapports écrits en portugais, a également pu obtenir des manuscrits orientaux, qu’il a traduit avec l’aide de plusieurs collaborateurs venus d’Asie.


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